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Projeto Música – Uma Nova Realidade é concluído com sucesso absoluto em Campo Alegre de Goiás

Projeto Música – Uma Nova Realidade é concluído com sucesso absoluto em Campo Alegre de Goiás

access_time 5 anos ago
Um grande evento concluiu o projeto Música – Uma Nova Realidade em Campo Alegre de Goiás. O recital, realizado no dia 4 de maio, no Ginásio de Esportes Fernando Elias Eleutério, teve entrada gratuita e contou com participação especial de Maurício Orosco e dos alunos do projeto. A casa estava cheia e o público aplaudiu todas as apresentações de pé.
O Música – Uma Nova Realidade é mais uma ação cultural da prefeitura de Campo Alegre, realizada no Centro Municipal de Estudos e Programas Educacionais (CEMEPE) por meio do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás, Secretaria Estadual de Cultura (Secult) e Governo do Estado de Goiás.
O maestro e coordenador geral, Joel Souza, comemorou o resultado atingido. Ele que trabalha com música desde 2002, afirmou que o projeto desenvolvido em Campo Alegre abre caminhos e serve de modelo para outros municípios do interior goiano que também querem valorizar a cultura local. “Estamos formando público, trazendo as crianças para ter contato com a música, com os instrumentos. Esse projeto é transformador! Pode-se ver que os alunos melhoraram o contato entre eles, criam e fortalecem vínculos de amizade, enfim, os envolvidos direta ou indiretamente com o projeto estão vivendo uma nova realidade”.
A apresentação de encerramento do projeto também contou com as participações dos músicos Rafael Milhomem e Roberto Segantini.
Milhomem, formado em Violão Clássico, também toca cavaquinho e flauta nativa. Atualmente, faz pesquisa de mestrado sobre a Composição Polifônica pra Cavaquinho Solo, em Uberlândia-MG. Ano passado, pelo projeto, ele esteve em Campo Alegre como oficineiro. Milhomem comentou que os alunos absorveram o conteúdo repassado e elogiou a performance de todos os participantes. “Foi tudo maravilhoso. Gostei bastante da energia dos alunos e da organização com que se apresentaram”.
Pela segunda vez em Campo Alegre, Segantini frisou o sucesso do projeto, sobretudo o envolvimento das crianças, que adquiriram conhecimento técnico e musical. “Aqui, os participantes não aprendem apenas tocar violão, eles também aprendem a cultura da música e se envolvem cada vez mais no projeto. O município tem capacidade para se tornar um polo musical graças às modalidades oferecidas para a população daqui”.
O interesse foi tido como a fórmula do sucesso dos alunos. É o que analisou Maurício Orosco, que começou a tocar violão aos 10 anos de idade. Hoje, é professor de Violão Erudito na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e orienta trabalhos de mestrados em música na mesma instituição. Prestes a fazer Pós-doutorado em Música Brasileira nos Estados Unidos, Orosco ressaltou, durante entrevista, que Joel Souza foi seu primeiro aluno oriundo de Catalão. “Ele se desenvolveu muito rápido e paralelo a faculdade trabalhava com projetos socioculturais. Um tempo depois, outros alunos vindos dos projetos começaram a chegar até o curso de graduação em música da UFU”.
Quando Vinicius Aires assumiu a direção do CEMEPE, se reuniu com Joel Souza e se inteirou sobre a importância do projeto Música – Uma Nova Realidade. “… Então, ele me informou que o projeto foi financiado pelo Estado por meio do Fundo de Arte e Cultura e que eram ministradas aulas de várias modalidades, todas de forma gratuita”.
O projeto, segundo Vinicius, “democratiza a cultura, que sempre foi algo muito elitizado”, daí sua maior importância. “A apresentação coroou o projeto e mostrou os frutos colhidos, foi algo sublime! Por meio do projeto, cumprimos nossa responsabilidade social”.
Os alunos e instrutores do projeto também foram elogiados pelo prefeito. José Antônio Neto Siqueira, que comentou sobre a dificuldade de se conseguir verbas para fomentar a cultura. “Estão todos de parabéns! Já passei por várias cidades, mas jamais vi um povo como o de Campo Alegre, que valoriza tanto a cultura e recebe com satisfação todos os projetos sociais e musicais que a prefeitura oferece”. O prefeito ainda ressaltou que das cidades do sudeste goiano somente Catalão e Campo Alegre possuem um centro cultural que oferece aulas gratuitas para a população.
Saiba mais sobre o projeto Música – Uma Nova Realidade
O projeto “Música – Uma Nova Realidade”, aprovado pelo Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás, tem como premissa atender, gratuitamente, um público formado por crianças e jovens de 8 a 18 anos, com aulas de violão, guitarra, baixo e acordeon. Para esta finalidade conta também com a aquisição de instrumentos e equipamentos, além da contratação de uma equipe qualificada.
Das atividades do projeto constam aulas, que são ofertadas desde agosto de 2018 e 3 oficinas de músicas especiais. A programação de cada oficina conta com apresentação musical aberta à comunidade e ensaios, palestras e workshops para os matriculados no projeto.
Das 3 oficinas do projeto. A primeira, realizada pelo músico Rafael Milhomem, aconteceu nos dias 9 e 10 novembro de 2018. Na oportunidade, Milhomem apresentou tocando violão, guitarra e cavaquinho. Nas atividades com os alunos, Milhomem, além de trazer um de seus arranjos para integrar o repertório do grupo, trabalhou exercícios de coordenação motora, técnicas instrumentais e leitura musical.
A segunda oficina musical foi realizada por Roberto Segantini. O músico apresentou tocando violão, viola e baixo. Nas atividades com os alunos, Segantini, trouxe um de seus arranjos para integrar o repertório do grupo, ensaiou com os alunos os conteúdos que já estavam tocando e abordou novos conceitos de sonoridade, expressão e articulação musical.
A terceira oficina musical foi realizada nos dias 3 e 4 de maio de 2019 pelo violonista e professor Dr. Maurício Orosco, docente do curso de graduação e mestrado em Música da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).  O músico trabalhou conceitos técnicos da execução musical, desenvolvimento melódicos, acompanhamentos e técnicas instrumentais. Participou da passagem de som, ensaios e da apresentação de encerramento do projeto.
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