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‘Nada vai apagar a falta de diálogo’, diz Vanderlan Cardoso

‘Nada vai apagar a falta de diálogo’, diz Vanderlan Cardoso

access_time 2 anos ago

Contrariado com aliança entre Caiado e MDB, que anunciou Daniel Vilela como vice na chapa governista, senador se reúne com governador em aceno a reaproximação

O senador Vanderlan Cardoso (PSD) e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), se reuniram pela primeira vez, na quinta-feira (18), desde que o democrata fechou a aliança com o MDB na chapa majoritária. Vanderlan diz que não houve definições, mas que a boa conversa demonstrou um primeiro passo do governador rumo a uma reaproximação.

Vanderlan é ressentido com a aliança, que garantiu o presidente regional do MDB, Daniel Vilela, na vice de Caiado em 2022, porque diz que faltou diálogo. O senador, que recebeu apoio do governador na disputa pela Prefeitura de Goiânia em 2020, tinha como certo o apoio à reeleição de Caiado no ano que vem.

A união com o MDB, que foi seu adversário na disputa municipal, fez com que o senador desse um passo atrás. Para ele, antes de tomar a decisão, o governador deveria ter dialogado com seus aliados.

É por isso que acha positiva a conversa que teve com o governador na quinta-feira. Segundo ele, Caiado apresentou seus motivos para o acordo com o MDB e foi possível saber o que se passa na cabeça do governador. “Que em parte eu concordo e em parte não, porque nada vai apagar a falta de diálogo que houve”, disse, sem entrar em detalhes dos motivos apresentados por Caiado.

O senador se queixou de que, antes da aliança, falava com o governador todos os dias, pelo menos mais de uma vez em um mesmo dia. “Nesse período todo, ontem (quinta) que nós conversamos. O governador ligou, pediu pra falar e foi uma conversa muito boa.”

Palanque

Vanderlan também confessou ter dificuldades de subir num palanque do governo hoje, junto de Daniel Vilela. Questionado, ele afirma que ainda podem ter feridas da eleição de 2020, quando disputou contra Maguito Vilela, pai de Daniel. “Foi uma campanha difícil para os dois lados.”

“Não houve diálogo para curar essas feridas, por isso é complicado eu subir em um evento que tenha o Daniel Vilela junto. Hoje, não temos ânimo de estar em palanque nenhum, como eu tinha antes”, diz.

Vanderlan afirma que ainda não conversou com Daniel, não tem essa intenção agora e que também não foi procurado pelo emedebista.

O senador, que antes dizia que o apoio a Caiado era certo, pelo menos individualmente, agora condiciona a decisão à deliberação partidária. O PSD só deve fechar a posição em 2022, ano das eleições estaduais.
O parlamentar ainda diz que o governador pode ter colocado em risco sua reeleição ao antecipar a aliança com o MDB. “É como se pegasse e jogasse uma ducha de água fria. Houve mais descontentamento do que pessoas contentes com essa decisão que foi tomada.”

Apesar de dizer que a relação com Caiado se esfriou nesse processo, Vanderlan ressalta que isso não quer dizer que estará em outro projeto. “Mostrei primeiro o descontentamento da forma com que foi feita a aliança, mas respeitando a decisão do governador.”

O político diz que o foco agora é nas chapas proporcionais e na candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles ao Senado. Meirelles é um dos que cortejam o posto de candidato a senador na chapa majoritária de Caiado, até agora disputadíssima.

Além disso, Vanderlan destaca os convites já feitos ao presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira, de saída do PSB, e ao deputado federal José Nelto (Podemos) para compor a chapa para deputado federal. “Porque vai ter um candidato a senador competitivo, o que anima a chapa.”

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