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Por 2022, líderes já se movimentam em Goiás

Por 2022, líderes já se movimentam em Goiás

access_time 3 anos ago

Governador tenta aumentar base, enquanto presidente do MDB, Daniel Vilela, diz que ano será de agenda pelo interior do Estado

A avaliação de nomes fortes para disputar o Palácio das Esmeraldas e a busca por quadros competitivos para as chapas de deputados estadual e federal para a eleição de 2022 já estão no centro das discussões dos diretórios goianos de partidos políticos. O fim das coligações proporcionais obriga que cada partido forme seu próprio grupo de candidatos para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.

Presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela avalia que ainda é cedo para definições sobre a próxima eleição. O ano de 2021, diz o emedebista, será de agendas principalmente pelo interior. “Qualquer decisão neste momento seria muito extemporânea”, diz. Daniel classifica os rumores de aproximação do MDB com o governador Ronaldo Caiado (DEM) de “fuxico político” e disse que ainda não teve tempo para tratar de assuntos deste tipo desde a morte do pai, Maguito Vilela, no dia 13 de janeiro.

O presidente do MDB, que disputou a eleição para o governo em 2018, é visto por lideranças emedebistas como candidato natural para o próximo pleito. Há ainda o nome do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, que ganhou maior visibilidade com a votação expressiva na última eleição na cidade (95,81% dos votos) e após Iris aconselhá-lo publicamente a se preparar para assumir o governo depois do mandato atual.

Nesta semana, o deputado estadual e vice-presidente do MDB goiano, Paulo Cézar Martins, publicou carta cobrando redirecionamento do partido diante de aposentadoria de Iris e a perda de Maguito. A ação foi vista como interesse do deputado em buscar o comando do MDB em Goiás. Ao POPULAR, Paulo Cézar disse que Daniel é “líder forte por quem temos grande respeito”, mas destacou que pretende “buscar um papel de oxigenação” na legenda. Questionado sobre o posicionamento do correligionário, Daniel disse que discussões dentro do partido são importantes. “O Paulo Cézar é o primeiro vice-presidente, se ele acredita que falta oxigenação, ele tem a oportunidade de buscar.”

Reeleição

No comando do Executivo estadual, Caiado procura fortalecer suas bases e atrair aliados com foco na reeleição. Lideranças de partidos que ainda não estão no grupo disseram à reportagem que ainda aguardam mais resultados da gestão para intensificar as conversas, pois avaliam que até o momento a administração do democrata teve foco maior em solucionar questões deixadas por governos passados. Entre aliados, há expectativa de maior participação no primeiro escalão para consolidar a parceria política em 2022.

O PSB é um dos partidos que deve apoiar Caiado à reeleição. Esta, pelo menos, é a expectativa do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira. À frente do diretório estadual do PSB, o deputado federal Elias Vaz diz que ainda é cedo para bater o martelo, mas não descarta esta opção. “Claramente o Lissauer tem simpatia por Caiado. Vamos ter uma discussão interna e a decisão vai ser tomada conjuntamente. O PSB não tomará decisão sem ouvir o Lissauer.” Elias destaca ainda que é preciso levar em consideração o projeto nacional do partido, que provavelmente estará com o grupo de oposição a Jair Bolsonaro (sem partido). Caiado é aliado do presidente da República.

Apesar do rompimento de Caiado com o presidente estadual do PP, Alexandre Baldy, as partes ensaiam reaproximação. O impasse começou quando Baldy cobrou, em janeiro, apoio claro de Caiado a Arthur Lira (PP-AL) na eleição para a presidência da Câmara. Em retaliação, nomes indicados por Baldy foram exonerados do governo. Lira venceu a disputa. Como O POPULAR já mostrou, Baldy pretende disputar o Senado e existe expectativa de ocupar vaga na chapa do governador.

Oposição

Entre os partidos de esquerda, o foco é na formação das chapas proporcionais. Presidente do PT goiano, Katia Maria afirma que a discussão sobre a chapa majoritária ficará para outro momento. “É um debate que precisa ser feito junto com a direção nacional. Vemos o desgoverno de Bolsonaro, que incentiva ações que têm potencializado as mortes na pandemia”, diz.

De acordo com o presidente estadual do PSOL, Weslei Garcia, o objetivo inicial é que o partido tenha candidatura própria ao governo, mas a possibilidade de alianças pode ser discutida. O diálogo com partidos de mesma linha ideológica está aberto.

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