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Professores da rede municipal de Anápolis entram em greve a partir desta segunda-feira (7)
Dentre as reivindicações dos servidores estão o pagamento da data-base, progressões verticais e a realização de um novo concurso público para convocações de mais profissionais
A partir desta segunda-feira (7), os professores da rede municipal de Anápolis estarão em greve por tempo indeterminado. A decisão foi durante Assembleia Geral que contou com a presença de 300 pessoas ligadas ao Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de Anápolis (Sinpma), que ocorreu na tarde desta quinta-feira (3).
Segundo a presidente do Sinpma, Márcia Abdala, são várias as reivindicação da categoria à Prefeitura, entre elas está o pagamento da data-base de 6,81%,que era para ser realizado em janeiro. Até o momento, apenas 2,96% foi pago aos servidores. “Já estamos no mês de maio e não tivemos um retorno sobre o pagamento dos 3,75% restantes. Esse aumento está no Estatuto do Magistério registrado pelo Ministério de Educação”, conta a sindicalista.
Além disso, Márcia destaca a necessidade de rever as progressões verticais – quando os professores se especializam para aumentar o nível e, consquentemente, o salário – que estão sendo concedidas no município. Ela explica que o acesso a esse benefício só acontece quando algum profissional se aposenta ou vem a óbito.
“Recentemente, oito professores tiveram a sua progressão aceita devido ao fato de a mesma quantidade de profissionais saíram, aposentados. Mas na espera tem mais de 100 profissionais para terem o acesso ao direito”, argumenta Márcia.
Déficit
A greve atingirá cerca de 23 mil alunos da educação infantil, fundamental e Educação para Jovem e Adultos (EJA), segundo a presidente do Sinpma. Ela também destaca que existe um déficit de mais de 100 profissionais na educação municipal de Anápolis. “Para suprir essa lacuna, muitos professores estão dobrando o turno de trabalho. Nós buscamos que a prefeitura realize um novo concurso público para a contratação desses profissionais”, reinvidica.
Até o momento, a posição da prefeitura era que haveria um novo encontro que estava marcado para o mês de abril para discussão, principalmente, do pagamento da data-base. Porém, conforme relata Márcia, a resposta é sempre que estão esperando um aumento na arrecadação para o pagamento desses benefícios, argumento que não convence a categoria.
“Estamos dispostos a uma negociação, mas dizer sobre arrecadação não convence. Tentamos passar um serviço de qualidade para todos os cidadãos, mas é complicado devido algumas precariedades a que somos submetidos. Faltam profissionais para auxiliar professores nas creches, acompanhar portadores de necessidades especiais, vigias, dentre outros”, assevera.
O Mais Goiás entrou em contato com a Prefeitura de Anápolis e com a Secretaria Municipal de Educação, mas nossas ligações não foram atendidas.
Fonte: Mais Goiás
