O PSD deve entrar nas ações que pedem a cassação do diploma do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), e que alegam fraude eleitoral na eleição do ano passado. As ações foram movidas pelo ex-vereador e presidente estadual do PMN, Paulo Daher, e pelo diretório municipal do partido no início do ano e, agora, o diretório metropolitano do PSD deve pedir para entrar como assistente.

A entrada nas ações já estava sendo discutida desde o fim da semana passada, após a saída de 21 auxiliares ligados à cúpula do MDB da prefeitura de Goiânia e, segundo apurado pelo POPULAR, foi decidida ontem em reunião entre o senador Vanderlan e o ex-senador Wilder Morais (PSC) — os dois formaram a chapa que perdeu no segundo turno para Maguito e Rogério. Uma reunião será feita hoje, às 17h, com a cúpula do partido para acertar o assunto.

Daher e o PMN moveram duas ações em janeiro: uma pedindo à Justiça a cassação do diploma do prefeito eleito Maguito Vilela e de Rogério, que à época era o vice — Maguito morreu dias depois em decorrência de complicações pela Covid-19 —, e outra alegando fraude eleitoral devido à divulgação de informações falsas, à época da campanha, sobre o estado de saúde de Maguito, que passou boa parte do período eleitoral internado.

Uma das ações está esperando a citação e a outra deve seguir para relatoria do juiz-membro do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) Vicente Lopes. Se acatadas pela Justiça Eleitoral, Goiânia pode ter nova eleição para a prefeitura.

Na segunda-feira (5), após anúncio da saída coletiva de secretários do Paço, o PSD emitiu nota assinada pelos presidentes estadual e metropolitano, Vilmar Rocha e Simeyzon Silveira, respectivamente, criticando o que chamou de “crise político-administrativa” em Goiânia e relembrando que o partido “tentou alertar para uma suposta fraude no processo eleitoral” durante a campanha.