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376 mil pessoas em Goiás não tomaram nem primeira dose da vacina contra covid-19
Para a SES-GO, fake news sobre os imunizantes são a maior causa de rejeição da vacina contra Covid-19
Goiás tem hoje 376 mil pessoas com 18 anos ou mais que não tomaram nenhuma das doses da vacina contra Covid-19. Desse total, 60% não se imunizaram por recusa espontânea. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), fake news sobre os imunizantes são a maior causa de rejeição da vacina contra Covid-19
Ao Mais Goiás, a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, informou que encomendou aos municípios goianos um levantamento para apontar quais os motivos que fazem algumas pessoas a não se vacinarem. Segundo ela 60% dos quase 380 mil indivíduos não se vacinaram justamente por recusarem o imunizante, e 30% ainda não tomaram a dose pois querem escolher sua fabricante.
Porém, a superintendente destaca o principal fator de recusa da vacina. “O maior motivo para as pessoas recusarem se vacinar são as fake news, as informações falsas que ficam circulando” sobre os imunizantes, disse. De forma minoritária, os municípios identificaram que algumas pessoas não se vacinaram porque não tinham tempo, por trabalhar demais, ou porque estavam doentes.
Quanto à segunda dose, Flúvia informou que o estado tem, hoje, cerca de 720 mil pessoas com a segunda dose em atraso. De acordo com ela, a SES-GO tem articulado com as secretarias municipais de saúde para a aplicação de estratégias em cada região para alcançar aqueles que ainda não completaram seu esquema vacinal.
Vacina contra Covid-19 provocou queda de 85% nas mortes pela doença
Conforme boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), o número de mortes causadas por Covid-19 em Goiânia caiu 85% em seis meses. O documento revelou que a capital registrou mais de 1,1 mil mortes no terceiro mês deste ano e menos de 160 em setembro. Para especialistas, a melhora está ligada diretamente à vacinação.
O pico de mortes provocadas pela Covid-19 neste ano em Goiânia ocorreu em março, quando a pasta contabilizou 1.118 óbitos ao longo do mês. Desde então, a quantidade de vítimas fatais caiu drasticamente, com apenas uma variação positiva em junho – quando houve aumento de 28% nas mortes em relação ao mês anterior.
Para o médico infectologista Boaventura Braz, foi justamente o avanço da imunização que propiciou a queda de casos confirmados e óbitos.
A reportagem, Boaventura diz que, “baseado nas evidências científicas da eficácia das vacinas, era completamente esperado que isso acontecesse”, se referindo à redução das mortes. “É claro que se contássemos com uma maior adesão aos protocolos sanitários, poderíamos ter uma evolução maior. Mas de qualquer forma, não tenho dúvidas que isso [melhora no cenário] é resultado da vacinação”.