Alterações no secretariado de Ronaldo Caiado devem acontecer na próxima semana

Mudanças no secretariado do governador Ronaldo Caiado (DEM) devem ser confirmadas na próxima semana. Internamente, a avaliação feita é que hoje a realidade é diferente do momento da campanha eleitoral e é preciso dar novos rumos na reta final da gestão estadual. As alterações podem refletir no desenho eleitoral para 2022, quando o governador deve tentar a reeleição. As modificações no governo ainda têm como pano de fundo a preocupação com reflexos da pandemia da Covid-19, em que parte da população tem perda de renda. Há uma preocupação com o lado social. O governo pretende dar suporte às famílias mais vulneráveis e colaborar na promoção de um cenário econômico que venha a refletir em mais espaços de trabalho em Goiás.

Nos bastidores são cogitadas alterações em algumas secretarias, por exemplo: de Governo; Desenvolvimento Social; Indústria e Comércio e até mesmo na área da Educação. A composição partidária também pode ser ampliada, abrindo espaços para aliados que poderão estar juntos numa eventual reeleição de Caiado em 2022. Podem aparecer no governo nomes como do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, José Vitti; Do ex-prefeito de Goianésia, Renato de Castro (MDB); Do ex-senador Wilder Morais que deixou o governo no início do ano passado para participar da disputa eleitoral em Goiânia. Ele foi pré-candidato, mas compôs na chapa de Vanderlan Cardoso (PSD), além do deputado estadual Sebastião Caroço (sem partido) que tende a ser o novo secretário de Governo, em substituição a Ernesto Roller.

O ex-prefeito de Goianésia, Renato de Castro (MDB) foi sondado para compor o governo de Ronaldo Caiado. O local ainda não foi definido. A decisão será tomada somente após o retorno do governador, que tirou alguns dias de descanso e está em viagem. Caiado pretende fazer não apenas mudanças de alguns nomes do secretariado, mas também de integrantes do segundo escalão da administração estadual. Procurado pela reportagem, o ex-prefeito confirmou que existe a possibilidade, mas que não há nada confirmado. Ele não deu mais detalhes sobre o assunto e que a questão será resolvida pelo governador Ronaldo Caiado.

Castro é aliado do governador e foi um dos primeiros prefeitos a dar apoio a Ronaldo Caiado para a disputa eleitoral no ano de 2018. Na ocasião, ele ao lado de outros prefeitos do MDB como Adib Elias (Catalão), Paulo do Vale (Rio Verde), Ernesto Roller (Formosa) e Fausto Mariano (Turvânia), oficializaram apoio ao então senador na disputa pelo Governo de Goiás. O ex-gestor municipal terminou mandado no último dia 31. Em Goianésia, Leonardo Menezes (DEM), o “Leozão do Renatão” foi eleito com apoio de Renato de Castro que foi impedido de disputar a reeleição após racha com a diretiva estadual do MDB.

Atritos

A mais provável mudança é na Secretaria de Governo (Segov), com a já citada saída de Ernesto Roller e entrada de Sebastião Caroço. Durante a semana, Roller inclusive fez críticas nas redes sociais direcionadas ao parlamentar, chamando-o de “mau caráter”. Os dois têm divergências históricas. Nos bastidores é destaca a intenção de ter uma melhor relação política, com deputados estaduais, prefeitos e uma tentativa de se aproximar de membros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO), pelo fato de a maior parte da corte ter ligações com o ex-governador Marconi Perillo. Também é cogitada a saída de Lúcia Vânia da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS). Partidos como o Progressistas e o PDT, podem ser contemplados com as alterações.

Em relação ao ex-presidente da Alego, José Vitti, ainda não houve uma definição sobre qual cargo pode ocupar na administração estadual. A maior possibilidade é que ele assuma uma assessoria especial no governo. O convite havia sido feito logo depois do Natal, mas até então nada foi formalizado. O ex-deputado espera uma conversa conclusiva com Ronaldo Caiado nos próximos dias sobre o assunto. Vitti já foi filiado ao DEM de Caiado e depois deixou ao partido para se filiar ao PSDB. No entanto, ele e o atual governador sempre tiveram boa relação. Além disso, em um momento de transição da gestão entre o governo passado e o atual, ainda em 2018, Vitti teve papel importante na aprovação de projetos relevantes para a administração estadual, o que é levado em conta por interlocutores do Palácio.