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Em tom conciliador, Biden toma posse como presidente dos Estados Unidos
O democrata Joe Biden tomou posse nesta quarta-feira (20) como o 46º presidente dos Estados Unidos. Com uma cerimônia fechada ao público em geral e com fortíssimo esquema de segurança, o novo chefe de Estado discursou em tom conciliador e fez um ode à democracia.
“Hoje é o dia da democracia”, disse Biden ao iniciar seu discurso. “A política não precisa ser fogo que queima e destrói tudo em seu caminho”, afirmou. “Nós precisamos ser diferentes disso. Nós precisamos ser melhores que isso”, completou.
O presidente afirmou ainda que “a política não precisa ser um fogo violento, destruindo tudo em seu caminho”. “Cada desacordo não tem que ser uma causa para uma guerra total. E devemos rejeitar a cultura em que os próprios fatos são manipulados e até fabricados”, disse.
O democrata ressaltou ainda a esperança de vencer a pandemia de covid-19 no país que tem o maior número de mortos pela doença. “Superar esses desafios, restaurar a alma e garantir o futuro da América exige muito mais do que palavras e requer o mais elusivo de todas as coisas em uma democracia: a unidade”, argumentou Biden.
Biden derrotou Trump nas eleições de novembro com 306 votos no Colégio Eleitoral contra 232 do ex-presidente. Ele tem como vice a ex-senadora Kamala Harris.
Figuras marcantes
A cerimônia aconteceu em um clima de tranquilidade. Cerca de mil pessoas compareceram ao evento. Na área onde ficariam espectadores e convidados, 200 mil bandeiras americanas foram cravadas nos gramados do local. Os ex-presidentes americanos Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama participaram da cerimônia. O ex vice-presidente Mike Pence também compareceu à transmissão de cargo.
Donald Trump não compareceu à transmissão de cargo. A tradição de transferência de cargo não era rompida desde que em 1869 Andrew Johnson não compareceu à posse de Ulysses Grant. Em toda história democrática americana, apenas três presidentes faltaram à transmissão de poder nos Estados Unidos: John Adams (1801), John Quincy Adams (1829) e Andrew Johnson.