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10 políticos que podem enfrentar Caiado em 2022
O futuro chegou e não está prosa. Daqui a um ano e oito meses — “um pulinho” —, os políticos de Goiás entrarão em campo para disputar o governo do Estado, uma vaga no Senado, dezessete vagas na Câmara dos Deputados e quarenta e uma vagas na Assembleia Legislativa. Para o governo, o único candidato realmente definido é o governador Ronaldo Caiado, do partido Democratas, que já disse que irá à reeleição. O PSDB quer apoiar um candidato “substantivo” — de seus quadros ou não. A preferência é por uma composição com o pré-candidato do MDB, Daniel Vilela. Um tucano de bico erado disse ao Jornal Opção: “Daniel se aproximou de Caiado, mas a chapa majoritária do governador será a mais congestionada. Por isso Daniel acabará disputando o governo”.
A lista contém nove nomes. Mas é evidente que nem todos serão candidatos. É provável que, dos mencionados, apenas dois de fato disputarão o governo. Talvez um. Mas as chapas majoritárias, incluindo candidatos a governador e senador, tendem a incluir alguns dos citados.
1 — Alexandre Baldy/PP
O que o ex-ministro quer mesmo é disputar mandato de senador. Antes articulava para integrar a chapa do governador Ronaldo Caiado. Agora, com a crise recente, está livre para procurar outra turma. Se Daniel Vilela for candidato a governador, poderá compor na sua chapa. Mas não há nada definido. O PSDB está de olho grande nas suas movimentações.
2 — Daniel Vilela/MDB
Por enquanto, é o pré-candidato do MDB a governador. No caso de aliança com Ronaldo Caiado, poderia compor a chapa como candidato a senador (ou até a vice-governador, o que é mais complicado, dada a vasta disputa na área).
3 — Delegado Waldir Soares/PSL
Deputado federal no segundo mandato, sempre o mais votado, Delegado Waldir pretende disputar mandato de senador, na chapa de Daniel Vilela. No entanto, se o emedebista optar por uma aliança com Ronaldo Caiado, o parlamentar pode até mesmo disputar o governo do Estado.
4 — Jânio Darrot/PSDB ou Patriota
O PSDB planeja bancar Jânio Darrot para governador. O problema é que o ex-prefeito de Trindade pretende sair do partido, indo, talvez, para o Patriota. Se o presidente Jair Bolsonaro for para o Patriota, Darrot fica ainda mais forte para a disputa do governo.
5 — José Eliton/PSDB
Se assumir a presidência do PSDB, tendo de articular em todo o Estado, pode ser o candidato a governador, adotando um discurso de forte polarização com Ronaldo Caiado.
6 — José Garrote/PSDB
O multimilionário, dono de um dos maiores frigoríficos de frango do país, já quis ser candidato a senador e, até, a suplente de senador. Não deu certo. Agora, há tucanos planejando lançá-lo para o governo. Um amigo, de Itaberaí, afirma que ele prefere ficar focado nos seus negócios, sobretudo no momento em que sua empresa está abrindo o capital na bolsa.
7 — Otavinho Lage/PSDB
Diz-se que partido que tem “muitos” candidatos é porque, a rigor, não tem nenhum. Pode ser. Há quem, no tucanato, avalie que Otavinho Lage, um empresário que venceu como gestor fora da política, embora tenha sido prefeito de Goianésia, seria um candidato a governador competitivo. O PSDB avalia que pode apoiá-lo. Mas ele disse que prefere apoiar Daniel Vilela para governador. É mencionado inclusive como possível vice do emedebista. Daniel já disse que apoiaria Otavinho para governador.
8 — Paulinho Rezende/PSDB
O ex-prefeito de Hidrolândia, por ter sido presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), é cotado para disputar o governo. Há o problema de que não conseguiu eleger seu candidato a prefeito, mesmo estando na prefeitura. Mas há quem no PSDB considere que, por ser jovem, com boa estampa e ter ligações com prefeito, em todo o Estado, daria um candidato a governador competitivo.
9 — Rubens Otoni/PT
Sem coligações partidárias, o deputado federal terá dificuldades para se reeleger. Por isso, pode ser candidato a senador, numa chapa com Daniel Vilela (a vaga já teria sido prometida para Delegado Waldir), ou mesmo a governador.
10 — Vilmar Rocha/PSD
O sonho do ex-deputado federal é disputar mandato de senador em 2022. Ele avalia que, dada sua imensa experiência congressual, se encaixaria no perfil adequado de senador. O PSD, dividido (o que não significa rompimento), ainda não tem uma posição firmada sobre a disputa do próximo ano. O grupo do senador Vanderlan Cardoso vai apoiar a reeleição do governador Ronaldo Caiado. Já o grupo de Vilmar Rocha é próximo do tucanato. Fecharia uma aliança com o governo se lhe fosse prometida uma vaga na chapa majoritária? É possível.