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Kajuru admite renunciar ao mandato depois do recesso de julho do Senado

Kajuru admite renunciar ao mandato depois do recesso de julho do Senado

access_time 3 anos ago

O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) planeja renunciar ao mandato do Senado Federal em agosto deste ano, depois do recesso da Casa Alta

O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) planeja renunciar ao mandato do Senado Federal em agosto deste ano, depois do recesso da Casa Alta. Ao Poder 360, disse que “sente tristeza” pelos rumos da política em Brasília e pela falta de trabalho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Já foi filiado ao PRP, que virou Patriota, Cidadania e agora Podemos.

Prestes a realizar uma cirurgia, afirmou que não pretende morrer de terno e gravata. “Quero morrer de porre em uma praia. Ouvindo B. B. King e Nina Simone“, disse o senador.

Kajuru afirmou que não há perspectivas de melhora na ação do Planalto e do Congresso frente à pandemia. Criticou a atuação do presidente Jair Bolsonaro e disse que a principal preocupação do governo não é a saúde da população.

O único motivo que o segura no cargo, segundo o senador, é a manutenção da sua equipe parlamentar, que mantém desde 2014. Kajuru teme que o suplente Milton Mercêz dispense o quadro assim que assumir. O primeiro suplente, Benjamin Beze Júnior morreu em 2020.

Natural de Cajuru e com trajetória profissional em Ribeirão Preto, Jorge Kajuru (PRP) foi eleito senador pelo estado de Goiás em 2018 para as duas vagas. O segundo eleito é Vanderlan Cardoso (PP). Obteve 28,23% dos votos válidos , 1.557.415 votos nas urnas. Kajuru, que é cronista esportivo, era vereador em Goiânia.

Desde que se elegeu vereador em Goiânia, Jorge Kajuru mostrou a que veio, ou seja, teve um desempenho polêmico no plenário. Logo no início fez oposição ao prefeito Iris Rezende (MDB). No Senado, também não foi diferente: tinha boa relação com o presidente Jair Bolsonaro, mas não demorou para passar à oposição.

Bolsonaro
O senador foi um dos autores da notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro no caso Covaxin. O texto diz que Bolsonaro prevaricou ao não requisitar à PF (Polícia Federal) a abertura de uma investigação para apurar o suposto caso de superfaturamento na compra da vacina indiana. Também são signatários os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano Contarato (Rede-ES).

No início deste mês, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu para o Supremo a abertura de inquérito para apurar suposto crime de prevaricação do presidente. A manifestação foi assinada pelo vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros e enviada à ministra Rosa Weber em 2 de julho. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar se Bolsonaro realmente prevaricou.

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