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Mendanha começa a pôr os fiapos da barba de molho com seus aliados e quase-aliados
Se sobrar pro prefeito apenas Osvaldo Pereira, Luiz Bambu, Marconi Perillo, Jaime Rincon, Eliane Pinheiro e Jardel Sebba, o prefeito pode repensar seu projeto político
Fica-se com a impressão de que o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (quase-PSDB, quase-PL, quase-Podemos, quase-Republicanos e quase-Patriota), está servindo de “instrumento” para fortalecer políticos que, se sentindo fracos na base do governador Ronaldo Caiado (DEM), usam-no para se fortalecerem.
O político conversa com Mendanha, faz uma fotografia e divulga (planta) na coluna de um jornal local e, depois, comparece ao Palácio das Esmeraldas. O que diz? “Olha, o Mendanha me convidou para ser vice e, até, quer se filiar ao meu partido”. Bem, e o que o sr. vai fazer? “Nada, ou melhor, continuar na base do governador Ronaldo Caiado”. Mas o que você realmente quer? “Quase nada — talvez o Detran, talvez a Goinfra, talvez a Agehab, talvez o Ipasgo. Mas até a Retomada e a Cultura servem.” Mas e Mendanha? “Ao se tornar ‘o candidato de Marconi Perillo’, Gustavo está cada vez mais isolado. Terá de andar com Marconi, Jardel Sebba, Jaime Rincon, Osvaldo Pereira (Osvaldinho Preto) Eliane Pinheiro e, até, o Luiz Alberto Bambu.” Mas quatro deles não foram presos? “Pois é, mas é a turma que está sobrando para Mendanha.”
Mendanha é um político “frio” e “racional”. Se perceber que se tornou candidato não para ganhar, e sim para ressuscitar políticos de passado duvidoso, para tentar salvá-los do opróbio público, pode retirar seu bloco da rua
Mendanha, que não é nada bobo, começou a pôr os fiapos da barba de molho. Se perceber que ficou apenas com o que “restou” (o que não significa que todos os seus aliados sejam ruins — o problema é o desgaste político de alguns deles), o jovem de 39 anos optará por permanecer na Prefeitura de Aparecida de Goiânia? Talvez sim. Talvez não. O certo é que ele vai esperar mais um pouco. Entretanto, no dia 4 de abril de 2022, último dia para se desincompatibilizar, se tiver de caminhar exclusivamente com Osvaldo Pereira, Jaime Rincón, Perillo, Jardel Sebba, Eliane Pinheiro, Jovair Arantes, Magda Mofatto, Osvaldo Pereira e Luiz Alberto Bambu (o “tesoureiro” não desgruda de Perillo), é possível que Mendanha repense e deixe a candidatura a governador para outro pleito.
Ressalve-se, porém, que, hoje, o projeto de Mendanha é só um: disputar mandato de governador em 2022. Ele estaria “picado” pela mosca azul, estaria se apresentando como “mito” e “ungido pelo povo” no interior. Mas o prefeito é um político “frio” e “racional”. Se perceber que se tornou candidato não para ganhar, e sim para ressuscitar políticos de passado duvidoso, para tentar salvá-los, pode retirar seu bloco da rua. Entregar uma prefeitura como a de Aparecida de Goiânia — que, como a de Goiânia e a de Anápolis, é um mini-Estado — não é brincadeira.
Fonte: Jornal Opção
