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Pedida suspensão de lançamentos em faturas de cartões de pacotes de clientes de agência de viagem

Pedida suspensão de lançamentos em faturas de cartões de pacotes de clientes de agência de viagem

access_time 7 anos ago

O Ministério Público de Goiás protocolou nesta segunda-feira (24/7) ação civil pública pedido a concessão de tutela provisória de urgência antecipada (liminar) para que seja determinada a imediata suspensão dos lançamentos, em faturas de cartões de crédito, de cobranças referentes à aquisição de qualquer tipo de produto ou serviço comercializado pela agência London Tour. A agência entrou com pedido de recuperação judicial há cerca de duas semanas e fechou suas portas, deixando de atender centenas de clientes que aguardavam a realização de suas viagens, a maioria delas para o exterior.

Diante dos fatos relatados pela imprensa, das investigações iniciadas pela Polícia Civil e das informações prestadas pela Polícia Civil, foi instaurado procedimento investigatório pela 70ª Promotoria de Goiânia. Com o objetivo de resguardar os interesses dos consumidores que adquiriram pacotes e passagens com a agência e evitar maiores prejuízos com o lançamento dos valores nas faturas de cartão de crédito, o MP-GO, em conjunto com o Procon, definiu pelo ajuizamento da ação civil pública com o pedido de tutela de urgência. A demanda é assinada pelo promotor Ramiro Carpenedo Martins Netto, que tem portaria especial para atuar no caso.

A ação foi proposta contra as empresas Rodrigo Rodrigues – London Tour – ME (nome de fantasia London Tour) e Algo Mais Representações de Turismo Eireli – ME (nome de fantasia London Special Travel Operadora de Turismo) e contra nove operadoras de cartões de crédito: Banco do Brasil; Bradesco Cartões; Banco Santander; Banco Losango; Banco CSF; Banco Itaucard; Banco Cooperativo do Brasil; Banco Bradescard; Portoseg S.A., e NU Pagamentos S.A.

A intenção da medida requerida à Justiça é evitar que o prejuízo aos consumidores seja ainda maior, com a cobrança em seus cartões de crédito de valores referentes a serviços que não foram prestados.

Justificando a concessão da medida, MP e Procon relacionam na demanda alguns casos de clientes lesados pelas empresas, detalhando os prejuízos sofridos. A ação é instruída ainda com informações colhidas pelo Procon em relação à conduta da agência de viagens, bem como dados de levantamento realizado pelo próprio Ministério Público.

Além dessa ação civil pública, o MP ingressou com outro pedido de tutela de urgência, distribuído para a 17ª Vara Cível de Goiânia, no qual foi requerido o bloqueio de bens das duas empresas e de seus donos, Rodrigo Rodrigues, Giovanna Augusta Moreira Fernandes Rodrigues e Fernando Antônio Bessa. Essa medida já foi deferida pela Justiça.

Em entrevista à imprensa hoje à tarde, o coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, promotor Rômulo Corrêa, adiantou que o MP-GO pretende ingressar ainda com uma ação principal, para ressarcimento dos prejuízos sofridos pelos consumidores e cobrando também uma indenização por danos morais coletivos.

Fonte: (Texto: Ana Cristina Arruda – Foto: Geovanna Lemes – estagiária/Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)

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