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Marconi: Dificilmente uma personalidade pública mereceu tanto uma homenagem
O governador Marconi Perillo se juntou hoje à prefeita Selma Bastos (PT) e a Câmara Municipal da cidade de Goiás nas homenagens, com título de cidadania vilaboense, a Kátia Santos Bogéa, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Ao saudar a homenageada, o governador Marconi Perillo, afirmou que, assim como Kátia Bogéa, sempre teve a gratidão da população vilaboense e afirmou que dificilmente uma personalidade pública mereceu tanto uma homenagem como a de hoje. “O Brasil precisa de pessoas de bem e comprometidas com o futuro melhor para as próximas gerações”, afirmou Marconi, referindo-se à importância da homenagem a Kátia Bogéa.
A prefeita Selma Bastos disse que Kátia não mediu esforço para consolidar o título que a cidade de Goiás recebeu, há 15 anos, de Patrimônio Histórico-Cultural da Humanidade. Citando versos Cora Coralina, a prefeita saudou a homenageada: “Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos”.
Emocionada, Kátia dispensou o discurso escrito, afirmando que uma cidade como Goiás, merece que a gente fale com o coração. “Eu estou em casa, gente. Aqui eu sou tenho amigos”, disse a presidente do Iphan. “Goiás é amor puro. Uma cidade abraçada por serras, com a poesia de Cora Coralina”, afirmou, acrescentando que de todas as cidades Patrimônio Mundial, Goiás é a mais diferenciada, porque reúne beleza arquitetônica e poesia.
A presidente do Iphan citou um diálogo que teve com o governador Marconi Perillo, no qual Marconi lhe disse que adora visitar Goiás, se sente bem na cidade. Kátia Bogéa anunciou que fará em Goiás um encontro nacional de prefeitos de cidades históricas, para mostrar uma experiência de preservação do patrimônio histórico cultural que deu certo. Ela contou que no mundo inteiro só têm 1.500 pessoas declaradas patrimônio cultural. “Nas ruas de Goiás eu só encontrei gratidão”, arrematou, emocionada: “Meu coração está hoje transbordando”.
Nascida em Lagarto (SE), é graduada em História pela Universidade Federal do Maranhão (1984) e especialista em historiografia Brasileira e Regional pela Universidade de São Paulo (1988). Desde novembro de 1979 radicou-se no Maranhão, atuando exclusivamente em atividades na área do patrimônio cultural, ao entrar como estagiária em 1980 na recém-criada Superintendência Regional do Iphan, onde dedicando toda a sua vida profissional à pesquisa do patrimônio maranhense e ao trabalho de preservação e proteção do Centro Histórico de São Luís e Alcântara.
Ocupou o cargo de Superintendente do Iphan no Maranhão no período de 2003 a 2015. Durante sua gestão, juntamente com a equipe técnica da instituição, articulou o PAC Cidades Históricas junto à Prefeitura de São Luís. Na área do patrimônio imaterial realizou o registro do Tambor de Crioula e do Complexo Cultural do Bumba Meu Boi.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura que responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cabe ao Iphan proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e usufruto para as gerações presentes e futuras.
O Iphan possui 27 Superintendências (uma em cada Unidade Federativa); 27 Escritórios Técnicos, a maioria deles localizados em cidades que são conjuntos urbanos tombados, as chamadas Cidades Históricas; e, ainda, cinco Unidades Especiais, sendo quatro delas no Rio de Janeiro: Centro Lucio Costa, Sítio Roberto Burle Marx, Paço Imperial e Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular; e, uma em Brasília, o Centro Nacional de Arqueologia.
O Iphan também responde pela conservação, salvaguarda e monitoramento dos bens culturais brasileiros inscritos na Lista do Patrimônio Mundial e na Lista o Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, conforme convenções da Unesco, respectivamente, a Convenção do Patrimônio Mundial de 1972 e a Convenção do Patrimônio Cultural Imaterial de 2003.
Desde a criação do Instituto, em 13 de janeiro de 1937, por meio da Lei nº 378, assinada pelo então presidente Getúlio Vargas, os conceitos que orientam a atuação do Instituto têm evoluído, mantendo sempre relação com os marcos legais. A Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 216, define o patrimônio cultural como formas de expressão, modos de criar, fazer e viver.
Também são assim reconhecidas as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e, ainda, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.