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Renovação na Assembleia pode ser de ao menos 21%
Até o momento, sete dos atuais 41 deputados estaduais devem tentar cadeira na Câmara Federal no ano que vem; outros dois podem não se candidatar a nenhuma vaga
A Assembleia Legislativa de Goiás já pode garantir ao menos 21% de renovação nas eleições do ano que vem, devido às não candidaturas à reeleição de parte dos atuais 41 deputados. Sete deles são pré-candidatos a deputado federal, ou cotados para isso por seus partidos, e dois não devem disputar nenhum cargo no próximo pleito.
Já têm pré-candidaturas confirmadas na corrida por uma vaga na Câmara dos Deputados: o presidente da Casa, Lissauer Vieira, que está no PSB, mas mantém conversas com PP e PSD; Adriana Accorsi (PT); Alysson Lima (SD); Humberto Teófilo (PSL); Jeferson Rodrigues (Republicanos); Hélio de Sousa e Lêda Borges, ambos do PSDB.
Humberto Aidar (MDB) e Tião Caroço (DEM) não vão disputar nenhuma cargo nas eleições. O primeiro assumirá cadeira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO); o segundo deve apoiar o ex-prefeito de Vianópolis Issy Quinan (PP) para a Assembleia.
Lissauer, que chegou a ser cotado como candidato a vice-governador na chapa de Ronaldo Caiado (DEM), mas acabou preterido por Daniel Vilela (MDB), anunciado vice do democrata no fim de setembro, foi um dos primeiros a anunciar pré-candidatura a deputado federal.
De saída do PSB, que deve apoiar o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), se reuniu no fim de semana com a cúpula do PSD em Goiás. A sigla já tem Francisco Júnior como deputado federal, e que deve ir à reeleição.
Adriana Accorsi, por sua vez, tentará eleição para deputada federal a convite do ex-presidente Lula, que deve ser candidato ao Palácio do Planalto no ano que vem. A intenção, como mostrou o POPULAR na semana passada, é fortalecer a chapa do partido em Goiás. O PT goiano tem apenas Rubens Otoni como deputado federal.
Alysson Lima diz que tem “pré-compromisso” com o Solidariedade para ser candidato a deputado federal, mas que sua continuidade na legenda depende de ter ou não chapa competitiva. “Se não montar, vou recuar e procurar outro partido. Quero sair (candidato) pelo Solidariedade, por ser um partido de centro, mas tudo depende do cenário daqui até março.”
Ele admite, porém, que “todos os partidos estão com dificuldades” para formar chapa, devido à manutenção da proibição das coligações para as eleições de 2022. Questionado se já tem outros partidos em vista, ele diz ter recebido convites de legendas como PDT, PSB, PP, Patriota, Podemos e PROS. “Mas foram convites genéricos, não houve conversa aprofundada com nenhum deles.”
Humberto Teófilo relata que disputará vaga na Câmara dos Deputados para seguir defendendo suas bandeiras de mandato, como a que envolve redução do preço do combustível, e que deve se alinhar ao atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que disputará a reeleição.
Para governador, segundo ele, apoiará “o candidato de oposição a Ronaldo Caiado, que tudo indica ser Gustavo Mendanha”. Ele aguarda apenas a oficialização da fusão entre o seu partido, o PSL, e o DEM de Caiado para se desfiliar.
Presidente metropolitano do Republicanos, Jeferson Rodrigues também confirma pré-candidatura a deputado federal. O partido tem atualmente João Campos, que preside o diretório estadual, em cadeira na Câmara, mas que deve disputar o Senado no pleito do ano que vem.
Em agosto, João Campos disse ao POPULAR que o diretório nacional do Republicanos definiu como meta para as eleições de 2022 eleger 51 deputados federais — hoje, tem 32 — e eleger pelo menos três senadores. Atualmente, o partido só tem o senador Mecias de Jesus (RR). Nesse contexto, as candidaturas atenderiam a essa estratégia nacional da legenda.
Nos bastidores, o nome de Iso Moreira (DEM) também é apontado como possível candidato a federal. A reportagem não conseguiu contato com ele.
Em 2018, a renovação na Assembleia goiana foi de 48%, em relação a 2014, visto que 20 dos 41 deputados eleitos quatro anos antes voltaram à Casa. Naquele pleito, 33 dos que exerciam mandato à época da votação disputaram novo mandato.
Com perdas de mandatários, PSDB aposta em Lêda e Hélio
Com dois de seus atuais deputados estaduais e seu único deputado federal de saída de seus quadros, o PSDB deve lançar dois dos ocupantes de cadeiras na Assembleia Legislativa para a Câmara dos Deputados: Hélio de Sousa e Lêda Borges. O primeiro já falou publicamente sobre a intenção de disputar cadeira na Câmara, e a segunda confirma ao POPULAR sua pré-candidatura nacional. Os dois contam com o apoio do ex-governador Marconi Perillo, que também pode disputar cadeira na Casa, apesar de ser cotado como candidato ao governo. Com isso, apenas Gustavo Sebba deve disputar a reeleição na Assembleia pelo PSDB, uma vez que Talles Barreto e Francisco Oliveira, que vão à reeleição, já são dados como fora do partido. Os dois se aliaram ao governador Ronaldo Caiado (DEM), a quem o tucanato faz oposição em Goiás. A mesma situação vive o deputado federal Célio Silveira, que vai se filiar a um partido da base aliada do atual governo estadual.