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Ex-senador Demóstenes fará defesa de Anderson Torres no STF
O ex-senador Demóstenes Torres será um dos advogados de defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, no Supremo Tribunal Federal (STF). Demóstenes foi constituído advogado de Anderson no início da tarde desta quarta-feira, 11. O outro advogado de defesa de Torres será Rodrigo Roca. Para o Jornal Opção, Demóstenes explicou que integrará um pool de advogados e que atuará pró-bono.
“Quem está no comando é o advogado Rodrigo Roca. Hoje pela manhã fui convidado por uma advogada, que também faz parte da defesa, para integrar a equipe. Aceitei desde que fosse pró-bono, ou seja, gratuitamente”, destacou. Demóstenes disse que apenas poderá auxiliar na defesa a partir de agora. “Como ainda não estou totalmente inteirado da defesa, ficou decidido que quem falará pela defesa será o advogado Roco, presente desde o início”, reforçou. Ele entende que o material apreendido do ex-secretário fará parte de medida cautelar ainda pendente de análise. “A defesa só terá acesso após laudo pericial ou similar”, disse.
Recentemente, Demóstenes Torres escreveu em artigo que autoridades federais e do DF ‘comeram mosca’ em atos terroristas. Ele faz uma linha do tempo, na qual mostra que haviam sinais claros de extremismo. “Em resumo, a linha do tempo mostra que o poder público rebate o extremismo com parlapatices. Releva os sinais emitidos com clareza por marginais escolados em produzir trevas. Protege os seus, na ignorância de que logo chega a vez dos monstros do outro espectro ideológico”, escreveu.
Roca já foi advogado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas da Alerj e, durante a gestão do ex-ministro da Justiça foi nomeado para ocupar a Secretaria Nacional do Consumidor, posto que ele exerceu entre março de 2022 e o fim do governo Bolsonaro. Antes de defender Flávio, Roca já havia atuado na defesa atuado na defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral em processos da Operação Lava-Jato.
Anderson Torres teve sua prisão preventiva decretada na terça-feira, 10, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele era o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no último domingo, quando bolsonaristas invadiram e destruíram prédios públicos dos Três Poderes. Moraes acusa Anderson Torres de ter sido “omisso e conivente”.