Advogado de Mauro Cid deixa defesa após “quebra de confiança”

A defesa de Mauro Cid enfrenta mais uma mudança à medida que o advogado Bernardo Fenelon, especialista em acordos de delação premiada, decide deixar o caso. Fenelon é o segundo advogado a abandonar a defesa do militar desde o início deste ano. Anteriormente, Rodrigo Roca, que possui ligações próximas à família Bolsonaro, atuava em sua defesa até maio deste ano.

A saída do advogado ocorre logo após a revelação de documentos da CPMI do dia 8 de janeiro, que expuseram a negociação de um Rolex pelo tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid. Essa nova informação gerou uma “quebra de confiança” entre Mauro Cid e sua equipe de defesa, o que teria influenciado na decisão de Fenelon de deixar o caso.

Nova informação da desistência do advogado Bernardo Fenelon foi divulgado em apuração do O Globo. Fenelon ainda não divulgou oficialmente os motivos por trás de sua saída do caso.

A recente operação da Polícia Federal (PF), que incluiu Mauro Cid, seu pai, o general Mauro Lourena Cid, o advogado Frederick Wassef e o tenente Osmar Crivelatti, investiga a venda de itens de alto valor patrimonial do acervo da Presidência no exterior.

Os suspeitos são investigados por desvio de bens presenteados pelo rei da Arábia Saudita em missões oficiais por meio da venda desses itens em países estrangeiros. Até o momento, Mauro Cid ainda não nomeou um novo advogado para assumir sua defesa diante das recentes revelações.