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Bruno Peixoto, o fiel escudeiro de Ronaldo Caiado

Bruno Peixoto, o fiel escudeiro de Ronaldo Caiado

access_time 1 ano ago

Com a desistência de Ana Paula e a dificuldade de Mendanha, nome de Peixoto ganhou musculatura na corrida por Goiânia

Presidente da Alego diz que seguirá os planos de Caiado se dispondo a pedir votos até para adversário de outrora | Foto: Agência Assembleia de Notícias

Por: Luan Monteiro

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Bruno Peixoto (UB), é, e todos sabem, um verdadeiro aliado do governador Ronaldo Caiado (UB). Políticos representantes de um mesmo partido, Caiado e Bruno caminham de mãos dadas desde a eleição que consagrou Caiado ao comando do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede do Poder Executivo goiano.

Desde 2019, ano em que Caiado tomou as rédeas do governo, Bruno tem agido como um importante player da governabilidade do gestor. Primeiro, aceitou e assumiu com maestria a figura de líder de governo na Casa de Leis. Foi peça crucial para aprovação de matérias caras à gestão — e foram muitas.

Na lista dos políticos que cobiçam o apoio do governador para as eleições do ano que vem, Bruno é, sem dúvidas, a figura com as melhores condições para pleitear o passe caiadista. Para além dos quatro anos na liderança, Peixoto, hoje, tem participação significativa na governabilidade da administração.

O parlamentar, revelam analistas, trabalha duro pela viabilidade do nome na disputa – o estilo dele, vale lembrar a corrida pela liderança da Alego, é intenso e até “agressivo”, no bom sentido.

Apesar da lista extensa de prós que o presidente da Alego reúne, Bruno, ainda assim, se mostra completamente disposto a abrir mão do sonho de administrar Goiânia para seguir os planos de seu líder. É inegável que Peixoto vive o melhor momento de sua trajetória política — foi recordista em número de votos na história da Alego e conduzido, meses depois, à presidência da Casa. Em eleição antecipada, ainda validou sua permanência no comando do Legislativo até 2026.

Sobre a atual presidência, trata-se de uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo que é fator positivo para garantir o apoio, o bom trabalho pode inspirar Ronaldo Caiado a pedir pela manutenção de Bruno no cargo.

Em junho deste ano, Peixoto esteve na redação do jornal O HOJE. Em uma conversa com jornalistas, disse que trabalhava, na verdade, de olho nas eleições de 2026, quando concorrerá ao cargo de deputado federal. Apesar de figurar como um dos principais cotados para a disputa do ano que vem rumo à prefeitura de Goiânia, Peixoto disse, na mesma ocasião, que não teria resistência em pedir votos para outro candidato, caso não viabilizasse seu nome, se esse fosse o entendimento do governador.

Mais de três meses se passaram e, ainda que seu nome tenha ganhado mais musculatura em função da desistência de Ana Paula Rezende e da dificuldade encontrada pelo ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, o discurso continua o mesmo. Em entrevista ao jornal O Popular, Bruno disse que pediria, se necessário fosse, votos até para Vanderlan Cardoso (PSD), figura que vista, nos bastidores da base caiadista, com desconfiança.

“Vanderlan alterna muito de grupo político e eu não acredito que cumprirá compromissos para o futuro. Penso que teria de ser uma aliança apenas de 2024, sem esperar acordo para 2026. Mas acatarei integralmente a decisão do governador Ronaldo Caiado. Se ele definir Vanderlan, vou de casa em casa pedir votos”, declarou o presidente da Alego ao veículo.

Ainda que Bruno espere ter o nome ungido pelo governo na corrida pela prefeitura, demonstra claramente que se o entendimento for outro, não terá dificuldades em continuar com o governo. Por vezes, políticos romperam com seus aliados por muito menos que isso. A atitude de Peixoto, nos bastidores, é lida como, além de um reflexo da boa política, sinal claro de que, diferente de outros nomes que escaparam por entre os dedos de Caiado, o presidente seguirá leal ao seu líder e grupo político.

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