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Confissão das candidatas laranjas do PP ao TRE sinaliza cassação de 3 deputados
Três mulheres “candidatas” à Assembleia Legislativa integrando a cota obrigatória de gênero do PP, na eleição do ano passado, confessaram em oitiva ao Tribunal Regional Eleitoral que receberam dinheiro para emprestar seus nomes ao partido.
Elas disseram que não fizeram campanha alguma. Uma teve zero votos, outra três votos e a última sete votos. Há ainda uma quarta a depor, na mesma linha. Advogados eleitoralistas que acompanham a ação que pede a nulidade do registro da chapa estadual do PP avaliam que não há outro resultado possível senão o acolhimento pelo TRE. Isso significa que os deputados Alessandro Moreira, Jamil Calife e Vivian Naves podem estar com os dias contados para a cassação dos seus mandatos.
A sentença virá em breve, antes do final do ano. Na sequência, os três parlamentares pepistas protocolaram recurso no Tribunal Superior Eleitoral, com direito a efeito suspensivo, ou seja, continuarão na Assembleia até a decisão do TSE – a sobrevir, calcula-se, até meados do ano que vem.
Pelo mesmo cano, devem entrar os deputados estaduais do PL Paulo Cezar Martins, Delegado Eduardo Prado e Major Araújo e os federais Magda Mofatto, Gustavo Gayer, Prof. Alcides e Daniel Agrobom. Em ambos os casos, para a Assembleia e para a Câmara, o partido descumpriu o percentual mínimo de candidatas mulheres. Os deputados estaduais do PSDB Dr. José Machado e Gustavo Sebba também serão atingidos, já que a legenda dos tucanos registrou um homem trans como postulante do sexo feminino (e ele fez campanha pelo gênero masculino). São casos em que a Justiça Eleitoral, de algum tempo para cá, não contemporiza mais.
Fonte: Poder / José Luiz Bittencourt