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Punição a desembargador que defendeu extinção da PM mostrou altivez diante de pressão da mídia
O que a imprensa pensa e defende nem sempre é o que a população pensa, defende e, principalmente, necessita. Mas a mídia tem pouca autocrítica e às vezes acredita que seus postulados são os postulados da sociedade. Há muita pretensão nisso e, em especial, uma falta monumental de humildade. E sempre há proprietários e jornalistas apresentando como coletivas as suas vontades pessoais.
Vejamos o caso do momento. Um desembargador meteu os pés pelas mãos ao irromper em meio a um julgamento com uma esdrúxula proposta de extinção da Polícia Militar e com acusações, sem prova mínima, de mau comportamento da tropa. No lugar da PM, o tal magistrado sugeriu a criação de “um outro sistema de investigação e repressão do crime, que eu não sei qual seria”. São absurdos que qualquer um poderia proclamar, porém uma autoridade do 1º escalão judiciário, jamais.
Parte da mídia, que se considera dona da verdade e alimenta preconceitos contra a PM, saudou o desembargador. Isso quando o próprio reconheceu ter extrapolado, incorrido em erro de avaliação e praticado uma injustiça. Desculpou-se, mas suas escusas foram escondidas no pé do noticiário. E o governador Ronaldo Caiado que prontamente reclamou da “inadvertida” reflexão pessoal do desembargador, foi acusado de cometer uma afronta contra a independência do Poder Judiciário.
Tudo exagero, leitoras e leitores. Goiás tem os menores índices de criminalidade do país graças à PM, à Polícia Civil e ao comandante em chefe dessas duas instituições, Caiado. Felizmente, o Tribunal de Justiça, corajosamente, enfrentando a pressão de algum jornal para apoiar o desembargador e retaliar o governador, agiu com altivez e, aí, sim, com independência, afastou a Sua Excelência autora dos comentários impróprios (ditos em meio a um julgamento, pasmem). A PM e o governador foram desagravados, para o bem geral do Estado e da sua gente que merece viver em paz, livre da bandidagem e do crime. Da mídia tendenciosa, infelizmente, não.
Por: José Luiz Bittencourt