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Ministro Gilmar Mendes suspende investigação da Polícia Federal contra Marconi Perillo
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nesta quarta-feira (12), uma investigação da Polícia Federal sobre supostos desvios na Saúde do estado de Goiás entre 2012 e 2018, período em que Marconi Perillo (PSDB) governou o estado. A decisão atende a um pedido da defesa do ex-governador, que alegou ausência de provas e abuso de autoridade.
A Operação Panacéia, deflagrada na semana passada, apura um esquema em que uma organização social (OS) teria desviado R$ 900 milhões de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a PF, parte do dinheiro retornava a políticos ou administradores da OS, configurando crime de peculato. A quebra de sigilo bancário de Perillo, da ex-primeira-dama e das filhas do casal estava entre as medidas adotadas pela investigação.
A defesa argumentou ao STF que não há indícios do envolvimento do ex-governador e que ele e sua família têm sido alvos de ilegalidades. Perillo classificou a operação como “encomendada” e disse ser vítima de perseguição política.
“Eles sabem da minha inocência e idoneidade. Não encontraram e não encontrarão nada contra mim. Nunca fiz o que narram. Só se fabricarem. Mas agora extrapolaram todos os limites e com extrema crueldade. Estão fazendo uma operação por supostos fatos acontecidos há 13 anos”, afirmou o ex-governador em nota.
A Secretaria de Comunicação de Goiás rebateu as declarações, chamando a posição de Perillo de “piada”. Em comunicado, acusou o ex-governador de tentar desviar o foco das investigações com “ataques rasteiros” ao atual governador Ronaldo Caiado e às instituições envolvidas.
A investigação, iniciada em 2019, apurava crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Caso avançasse, as penas poderiam ultrapassar 40 anos de prisão.