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Expectativa de poder de José Eliton tende a crescer com consolidação da ideia de que é apóstolo da renovação
Há um consenso entre pesquisadores, cientistas políticos, marqueteiros e políticos experimentados: como ainda não há nem campanha, o quadro eleitoral, para governador de Goiás, está absolutamente aberto. Procede que o pré-candidato do DEM, Ronaldo Caiado, lidera as pesquisas de intenção. Porém, como os demais candidatos ainda não são inteiramente conhecidos, a possibilidade de que a frente do postulante do partido Democratas seja “inercial” não é remota. Os pré-candidatos do PSDB, o governador José Eliton — há três meses no poder —, e do MDB, deputado federal Daniel Vilela, terão tempo para expor seus projetos e, inclusive, para se mostrarem, fisicamente, aos eleitores.
É provável que, com o avançar da campanha, os eleitores passem a perceber que nem sempre aquele que fala muito em mudança representa a mudança. Ronaldo Caiado, de quase 70 anos e representante de uma das mais famílias mais aristocráticas de Goiás — que apoiou a cruenta ditadura militar de 1964 a 1985 —, pode, na prática, representar a mudança?. Dois de seus companheiros de jornada — José Nelto e Samuel Belchior — são representantes de que tipo de mudança? Quando do acidente do césio, em 1997, Nelto tentou evitar o enterro da menina Leide das Neves, inclusive jogando pedras em seu caixão. Um gesto de profunda desumanidade. Samuel Belchior se tornou amigo da musa da Lava Jato, Luciane Hoepers, não se sabe por qual motivo. Ainda que existam “suspeitas”. O senador Wilder Morais (DEM) teria ligações com o empresário Carlos Cachoeira? (Confira o vídeo e tire suas conclusões). As companhias são modernas, adeptas da mudança? Não parece.
Daniel Vilela representa o novo, mas sem experiência. José Eliton, com pouco mais de 40 anos, é jovem e, como o emedebista, representa o novo — com o diferença de que tem experiência.
Dos candidatos, até por ser governador, José Eliton é o que tem mais experiência e competência administrativa. Tanto que assumiu o governo e Goiás não parou — ao contrário de Estados ricos, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Porque o tucano está se mostrando, no poder, um gestor responsável. Há as figuras de sempre que recomendam que torre recursos públicos para garantir sua reeleição. O jovem advogado prefere assumir uma posição de responsabilidade. Com todos os percalços de uma economia em crise, gerada a partir do governo federal, Goiás vai bem, com obras, em praticamente todos os municípios, e os salários do funcionalismo em dia. Ao lado de Marconi Perillo, é um político de matiz municipalista — daí o programa Goiás na Frente. Sobretudo para os municípios pequenos e médios as obras levadas pelo programa significam muitas coisas, como movimentação da economia local. Sem o Goiás na Frente, vários municípios estariam estagnados.
Do ponto de vista estritamente político, José Eliton comanda uma máquina poderosa, consolidada durante quase 20 anos. Quando esta máquina começar a trabalhar, movimentando-se por todo o Estado, a tendência é que o governador cresça, de maneira sólida, nas pesquisas de intenção de voto — o que pode aumentar sua expectativa de poder