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Quatro grupos políticos estão se delineando para a disputa do governo e do Senado em 2022
Daniel e Vanderlan devem marchar unidos e Lincoln Tejota pode compor com Kajuru. Caiado, Adib e Baldy devem formar chapa
O primeiro tempo da disputa de 2022 é a eleição de 2020. Mas a disputa para governador e senador não depende, rigorosamente, do resultado das eleições de 2020. Porque os possíveis candidatos ao governo — como o governador Ronaldo Caiado, o senador Vanderlan Cardoso (ou o ex-deputado Daniel Vilela) e o senador Jorge Kajuru — nem vão disputar eleição em 2020.
Mesmo sendo cedo para definições, algumas tendências já estão aparecendo.
Primeira tendência
O governador Ronaldo Caiado, do DEM, deve ser candidato à reeleição. No momento, desponta como favorito — dado seu alto capital eleitoral, porque faz um governo avaliado como “respeitável” e duro no combate à violência. Não há corrupção e a máquina do governo está sendo ajustada. Para vice, o nome mais cotado é o de Adib Elias (Podemos), prefeito de Catalão. Mas claro que Adib Elias precisa ser reeleito na disputa deste ano. A deputada federal Flávia Morais, do PDT, e o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, do PSB, também são cotados para a vice. Para senador, o nome mais cotado é o do ex-ministro Alexandre Baldy, que também pode pleitear a vice (o vice de Caiado, se este for reeleito, tende a disputar o governo em 2026). Lincoln Tejota tende a ficar de fora (Baldy gostaria que fosse seu primeiro suplente).
Segunda tendência
Hoje, o ex-deputado federal Daniel Vilela é o nome do MDB para governador. Mas o quadro político pode mudar e o MDB pode bancar Vanderlan Cardoso, do PSD (a partir do dia 3 de março) para governador — lançando Daniel Vilela para senador. Apesar do desgaste do PSDB, o vice pode ser Jânio Darrot, prefeito de Trindade. Ele é empresário e gestor bem-sucedido, sobretudo não foi contaminado pelas várias denúncias que atingem a cúpula tucana.
Terceira tendência
O senador Jorge Kajuru (Cidadania) não planeja disputar nenhum mandato em 2020 e 2022. Mas as circunstâncias mudam e entre seus aliados há quem aposte que deve ser candidato a governador, em 2022 (ele nada perderia, uma vez que tem mandato de senador até 2026). O atual vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota (Cidadania), é cotado para ser seu vice e o deputado federal Delegado Waldir Soares, do PSL, poderia ir a senador. Há conversas sobre o assunto? Nada sério. Porque a disputa ainda está relativamente longe — será daqui a dois anos e sete meses, mas as chapas começam a ser delineadas a partir de abril de 2022, daqui a dois anos e dois meses. Parede distante, mas é um pulinho. Passada a eleição municipal, com alianças definidas, começa-se a discutir 2022.
Quarta tendência
A presidente do PT, a professora Kátia Maria, é uma das políticas mais articuladas de Goiás. Na eleição de 2018, mesmo não tendo uma votação expressiva, fez uma campanha de qualidade, com críticas bem formuladas aos seus adversários. Em 2022, a tendência é que seja candidata a deputada federal, abrindo espaço para o deputado federal Rubens Otoni disputar o governo do Estado (mas ela também pode disputar o governo). Luis Cesar Bueno (ou Adriana Accorsi) deve disputar mandato de senador. O vice deve ser de outro partido. Há, por fim, a possibilidade de o PT compor com o MDB de Daniel Vilela.