A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia informou nesta sexta-feira (6) que foram detectados três casos da variante delta do novo coronavírus em um homem e duas mulheres da mesma família, moradores da região do Garavelo.

O idoso, de 67 anos, está internado no Hospital Garavelo em estado grave, mas a esposa dele, de 60 anos, e a filha, de 34 anos, já estão curadas. “Todos são casos de infecção no mês de julho e como ainda não identificamos como se contaminaram, afirmamos, a princípio, que já existe a transmissão comunitária dessa variante na Região Metropolitana, tendo em vista que a mulher mais jovem trabalha em Goiânia,” afirmou o secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães.

O gestor disse que já comunicou a detecção à Secretaria Estadual de Saúde (SES) assim que o resultado do sequenciamento saiu, nessa quinta-feira (5): “Hoje estamos formalizando essa notificação e informando que, dentre os três, o primeiro caso, o da filha, foi diagnosticado como covid-19 no último 9 de julho, depois a senhora no dia 16 e o senhor foi internado no dia 21 de julho.”

De acordo com o secretário, até o momento, Aparecida já executou 1.271 sequenciamentos, técnica que permite identificar a informação genética contida nas amostras dos exames RT-PCR realizados maciçamente na cidade e que já identificou 13 variantes no município: “A predominante é a P1, e, da primeira quinzena de maio para cá, temos percebido o crescimento dela com uma mutação, a P681H, com potencial para justificar esse aumento de casos verificado em todo o Estado”.

Em face de detecção da delta, Alessandro Magalhães destaca que será intensificado o sequenciamento em Aparecida para monitorar a presença da variante dentro do cenário local de circulação de outros 13 tipos do vírus. Ele ressalta: “Ainda não sabemos como a delta se comportará em face da P1, predominante na cidade e responsável por 99% das amostras analisadas aqui. Até o início de maio tínhamos a alfa circulando, que é originária do Reino Unido, depois ela deu lugar à dominante P1 com uma mutação importante, a P681H, que permite reinfecções ou até mesmo o agravamento dos casos em pessoas vacinadas. Esta representa, agora, 44% dos casos em Aparecida”.