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Bruno diz que vai andar de mãos dadas com o governo

Bruno diz que vai andar de mãos dadas com o governo

access_time 2 anos ago

Tom de alinhamento também marcou pronunciamento do ex-tucano Talles Barreto (UB), cotado para líder do governo e escolhido para discursar em nome da legislatura

Valsa da vitória – Bruno Peixoto (UB) é cumprimentado por Talles Barreto (UB), após votação; ex-líder do governo foi eleito presidente por unanimidade (Foto: Wildes Barbosa / O Popular)

Por: Marcos Carreiro / OP
Indo na direção contrária da mesa diretora anterior, eleita sob o mote de independência em relação ao Executivo, o novo comando da Assembleia Legislativa de Goiás assumiu nesta quarta-feira (1º) falando em andar de “mãos dadas” com o governo e confirmando maior alinhamento entre os Poderes nos próximos dois anos.

Eleito presidente com os votos de todos os 41 deputados estaduais, Bruno Peixoto (UB) diz que foi líder do governo Ronaldo Caiado (UB) “até a meia-noite do dia 31 de janeiro” e que não esconde “ter admiração” por ele. Segundo ele, a Assembleia terá independência administrativa e orçamentária, mas que, politicamente, “vai caminhar de mãos dadas para servir a população.”

Ele diz que “a independência de todas as ações (da Assembleia) está garantida, assim como o respeito à oposição”, mas que é do mesmo partido do governador, o União Brasil, e que o tem “como uma referência.” “Nunca escondi isso de ninguém e não é agora que exerço a função de presidente que vou esconder”, afirmou ao lado de Caiado durante coletiva concedida à imprensa.

O discurso é o oposto do que os deputados defenderam nas duas últimas eleições para a mesa diretora para justificar a eleição e a reeleição de Lissauer Vieira (PSD), que foi presidente da Casa de fevereiro de 2019 até esta terça-feira (31), quando terminou seu mandato como deputado estadual. Lissauer assumiu o comando do Legislativo com a bandeira de independência em relação ao governo estadual e de defender os interesses dos parlamentares.

leito 3º vice-presidente —, Antônio Gomide (PT) diz entender a proximidade de Bruno Peixoto com o governador, mas ressalta que a mesa “precisa pensar nos trabalhos da Assembleia”. “Se a Assembleia não tiver uma cara própria, com outro Poder mandando, irá fracassar. Então, vamos colaborar no sentido de buscar a independência e discutir mais o cidadão”.
Ao todo, sete partidos têm representação na mesa diretora. Além do União Brasil, que indicou o presidente e os 1º e 3º secretários (Virmondes Cruvinel e Amauri Ribeiro, respectivamente), e do PT de Gomide, foram contemplados também: o MDB, que ficou com a 1ª vice-presidência (Charles Bento) e o 2º vice corregedor (Lucas do Vale); o Republicanos, com o 2º vice-presidente (Clécio Alves); o PRTB, com o 2º secretário (Júlio Pina); o Agir, com o 4º secretário (Gugu Nader); e o PSD, com o 1º vice corregedor (Cairo Salim).

Com dez cargos, a mesa diretora tem o maior número de funções da história da Assembleia. Na legislatura passada, eram oito (leia mais na página 5).

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