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Bruno quer implementar cabeamento elétrico subterrâneo em Goiás

Bruno quer implementar cabeamento elétrico subterrâneo em Goiás

access_time 9 meses ago

“Estamos apresentando uma emenda que, sancionada pelo governo, terá que ser cumprida. Espero que a Equatorial seja sensível e cumpra a lei, em caso se sanção”, disse o presidente da Alego, autor da proposta

Segundo a proposta, a prestadora do serviço ficará responsável pela implementação do novo modelo de cabeamento | Foto: Maykon Cardoso/Agência Assembleia de Notícias

Por: Felipe Cardoso

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), apresentou uma emenda ao projeto de lei da Governadoria, o qual garante à capital e às cidades goianas a modernização de seu sistema de distribuição de energia elétrica. A iniciativa, aprovada em primeira fase de discussão e votação na tarde da última quarta-feira, 16, prevê que, a partir de 2024, a Equatorial, empresa fornecedora de energia, implante todos os fios condutores de eletricidade — atualmente expostos em postes espalhados pelas ruas de Goiânia — em modelo subterrâneo.

“O cabeamento subterrâneo elimina riscos associados aos cabos aéreos, como quedas de postes, curto-circuitos causados por questões climáticas, eletrocussão acidental, acidentes com animais, entre outros”, argumenta Peixoto. Isso, segundo ele, contribuirá diretamente para a segurança dos cidadãos, reduzindo acidentes relacionados à infraestrutura.

Conforme mostrado pela imprensa local, mais de 200 empresas de telecomunicações disputam, com a Equatorial, os cerca de 170 mil postes espalhados pela cidade. Pensando nisso, o presidente da Alego também chama atenção para o aumento da eficiência na prestação do serviço. Ele acredita que, ao reduzir a exposição dos fios, haverá um menor índice de interrupções no fornecimento de energia. “Isso, por sua vez, aumenta a eficiência do sistema elétrico, diminui os custos de manutenção e melhora a qualidade do serviço prestado”, pontua.

Mas não só. Na lista dos benefícios que a fiação subterrânea trará à cidade, Bruno também destaca ganhos significativos ao meio ambiente, além da valorização estética dos espaços públicos. “A adesão desse modelo reduzirá os impactos causados pelos cabos, como a poluição visual e o risco de incêndios, além de minimizar a necessidade de podas de árvores. A instalação subterrânea do cabeamento também melhora a estética, contribuindo para o embelezamento das paisagens, especialmente em áreas de relevância histórica e turística”.

Segundo a proposta, a prestadora do serviço ficará responsável pela implementação do novo modelo de cabeamento. Ademais, o presidente frisa que deverão ser priorizados locais com grande densidade populacional, tráfego de pessoas e de interesse histórico.

A empresa também deverá garantir que todos os novos projetos sejam executados com base no novo modelo, além de buscar parcerias público-privadas para garantir a implementação eficaz do sistema. O texto assinado por Bruno Peixoto exige da concessionária a implantação do modelo em, no máximo, 15 anos, com início previsto já em 2024.

Em entrevista à imprensa, Bruno disse que espera contar, caso o texto termine aprovado e sancionado, com a sensibilidade da empresa em realizar todas as ações previstas pela lei. A matéria deve ser submetida à segunda e definitiva fase de discussão e votação nesta quinta-feira (17).

A Equatorial foi procurada pela reportagem para comentar o texto. Em nota, lembrou que a empresa é uma concessionária do serviço público federal e que, por isso, “não comenta projetos de lei estaduais”. Em seguida, porém, assegurou que a empresa só vai se pronunciar “após eventual aprovação da matéria”.

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