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Caiado chama Marconi de bandido e divulga condenação de tucano; Marconi chama governador de falastrão
Após ser criticado, Caiado lembra que Marconi é “faminto por dinheiro público, bandido condenado pela Justiça”. Já Marconi ataca Caiado: “Se Goiás não é lugar de bandidos, Caiado deveria ser o primeiro a sair daqui”.
Após receber críticas do ex-governador Marconi Perillo, o governador Ronaldo Caiado chamou o político de bandido nas redes sociais e novamente apontou denúncias criminais contra o político tucano que foi preso pela Polícia Federal, em 2018, após eleições em que ficou em quinto lugar na disputa ao Senado Federal.
Marconi acusou Caiado de “falastrão” e “bandido” pelas redes. Atacou o modelo de administração do líder dos Democratas.
Nos bastidores, uma das hipóteses é de que Marconi tenta ‘politizar’ críticas e voltar para a política goiana dois anos após dele se mudar para São Paulo.
Desde o início do ano, o ex-gestor ensaia sua volta, tentando se articular com correligionários e antigos políticos goianos do PSDB.
Segundo informações de bastidores, Marconi tem como foco candidatura para deputado federal, mas existe o receio de que se repita o cenário de 2018, em que fracassou em sua luta para o Congresso Nacional.
Para 2022, o coeficiente eleitoral do PSDB seria o maior temor dos marconistas, já que não existe mais coligação e o PSDB se esvaziou com as prisões advindas das operações Cash Delivery, Decantação e Lava Jato. A candidatura do atual deputado Célio Silveira (PSDB), que domina os votos do Entorno do Distrito Federal, também seria grande entrave.
Diante da hipótese de derrota, surgiu a suspeita de que Perillo tenta criar contexto de disputa para o governo de Goiás, já que a legenda perdeu o pretendente Jânio Darrot para o Patriotas.
Neste contexto, a equação seria do menor dano: na esfera pública é menos desonroso para a imagem perder uma disputa ao governo do que para deputado federal.
Por sua vez, nos bastidores, fala-se que Ronaldo Caiado deve tentar a reeleição no próximo ano. Mas não assumiu este debate ainda publicamente nem realizou reuniões partidárias com este foco.
Os novos atritos de Caiado e Marconi surgiram diante um novo cenário que é caro para o atual governador: a pandemia e seus desdobramentos políticos. O gestor é médico e tem denunciado a politização da tragédia, indo publicamente contra toda ação eleitoral.
Caiado tem se posicionado de forma crítica quanto aos oposicionistas que se mostram, segundo ele, insensíveis com a mortalidade dos goianos. Além de Marconi, tem enfrentado o ex-deputado federal Sandro Mabel, que atualmente preside a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). Mabel e Marconi negam qualquer insensibilidade.
Probidade
Além das questões da pandemia, Caiado questiona a probidade do ex-tucano: “Marconi, ao final de 16 anos de governo, foi preso envolvido em escândalos de corrupção. Eu adotei o lema “ou o bandido muda de profissão ou muda de estado”. Marconi foi para São Paulo”, recordou Caiado nas redes.
Chumbo trocado, Marconi atacou Caiado e disse que ele “não tem projetos para o Estado”. Sobre a mudança para São Paulo, após a derrota, Perillo disse que não nasceu em berço de ouro: “não enriqueci na política e dependo do meu salário para sobreviver”.
Caiado aproveitou as ações cíveis, administrativas e criminais protagonizadas por Marconi e o criticou: “Desprovido de caráter, se espírito público, faminto por dinheiro público, bandido condenado pela Justiça, com lista enorme de crimes que praticou ao roubar dinheiro dos goianos. Esse é Marconi Perillo, que ainda tem coragem de abrir a boca”, em uma postagem recente de condenação criminal pela Justiça de Goiás.
Em clima quente, Marconi também sugeriu que Caiado seja bandido, apesar do atual governador não ter condenação criminal: “Se Goiás não é lugar de bandidos, Caiado deveria ser o primeiro a sair daqui”.