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Conservação de solo é meta da segunda etapa do projeto Ser Natureza em Pires do Rio
A conservação de solo em 6 das 13 propriedades rurais que integraram a primeira etapa do projeto Ser Natureza do Ministério Público de Goiás é o objetivo da segunda etapa, que será desenvolvida em Pires do Rio para proteção da microbacia do Córrego Laranjal, manancial de abastecimento público.
O projeto técnico desta etapa foi apresentado na segunda-feira (17/6), em reunião coordenada pelo promotor de Justiça Fabrício Hipólito Roriz e a analista Adriane de Oliveira Chagas, da Coordenadoria de Assessoramento à Autocomposição Extrajudicial (Caej), com integrantes do grupo de trabalho do projeto, incluindo o secretário municipal de Meio Ambiente, Jayme Souza.
Para a realização do estudo, uma grande equipe do Instituto Federal de Urutaí foi formada, tendo como integrantes os professores Marcus Ramos, Walter Mendes, Ronaldo Caixeta, Eduardo Viana, Debóra Astoni, José Antônio Rodrigues, Gilson da Silva e Darliton da Rocha e os bolsistas Jamerson da Silva Filho, Elias de Freitas Neto e Célio Borella. Esse grupo, junto com o técnico da Emater Luzimar Xavier, e com apoio do engenheiro florestal Leo Lince do Carmo, da Emater Central, foi o responsável pelo diagnóstico das condições dos solos, definições de práticas conservacionistas, inclusive com dimensionamento e custo das iniciativas, além de sugestões de práticas de monitoramento de perdas de solo e manutenção dos sistemas.
A apresentação foi feita pelo professor Marcus Ramos, que destacou o envolvimento dos professores e alunos do IF e as várias visitas que fizeram às propriedades rurais. Contemplado nas ações pedagógicas da instituição, o Projeto Ser Natureza está sendo beneficiado com os estudos dos alunos interessados em desenvolver pesquisas na graduação e pós-graduação.
O projeto, conforme detalhado no encontro, foi feito a partir de levantamento de campo, com a coleta de amostras de solos das seis propriedades rurais, para conhecer as características do solo e contribuir para as aferições e orientações do projeto e desenvolvimento de estudos acadêmicos.
Esse diagnóstico prévio das condições físicas, que incluem a textura, resistência a penetração, infiltração da água e análise física do solo foi realizado no entorno das nascentes de cada fazenda, com, pelo menos, nove amostras por propriedade rural.
As análises foram realizadas no laboratório do IF e seus resultados subsidiaram a análise da estrutura do solo e, consequentemente, o dimensionamento dos terraços e de outras práticas conservacionistas que serão necessárias para garantir a conservação do solo e da água, objetivo dessa etapa do Ser Natureza, esclarece a analista Adriane Chagas. Para ela, esse é um projeto bem detalhado, sob o ponto de vista técnico e acadêmico.
Ainda segundo o estudo, verificou-se que os solos possuem boa textura, o que é indicativo de condições propícias à implantação das práticas conservacionistas, dentre elas as mecânicas (terraços, barragens) e a adoção de sistemas de manejo conservacionistas, como o plantio direto e manejo de pastagens.
Ainda na reunião, o professor Ronaldo Caixeta apresentou ao grupo de trabalho as propostas de monitoramento de vazão e solo, que foram muito bem aceitas pelos membros e pelo promotor de Justiça. Neste sentido, o IF ficou de elaborar um projeto específico sobre este tema.
Deliberações
Por deliberação do grupo de trabalho, o próximo passo agora será detalhar as práticas de conservação de solo que serão adotadas em cada propriedade rural, por meio de projetos técnicos individualizados, bem como o projeto de monitoramento de vazão e solos, a serem apresentados até setembro.
Após isso, a Promotoria de Justiça vai convidar os proprietários rurais inseridos nesta segunda etapa para apresentação dos projetos técnicos e negociações para sua execução, prevista para este ano ainda.
Fonte: (Cristiani Honório /Assessoria de Comunicação Social do MP-GO – Arquivo do Ser Natureza de Pires do Rio)