Principal cotado do MDB para a disputa à sucessão do prefeito Iris Rezende, Maguito Vilela diz ao POPULAR que “lamenta” a decisão do prefeito de não ser candidato à reeleição e de encerrar a carreira política em 1º de janeiro de 2021. “Lamento, mas é uma decisão monocrática. Ele tem o apoio do partido e teria qualquer que fosse a decisão. Considero que ele vai continuar sendo um conselheiro do partido a nível de Goiás e do Brasil.”

Maguito relata considerar Iris “a figura mais importante do MDB nacional”. “Quando foi ministro (da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso), desempenhou a função muito bem. Deixou marcas e merece o respeito e a consideração de todos os goianos e brasileiros.”

Ainda em tom elogioso a respeito de Iris, o emedebista afirma que está “fazendo política do lado dele há 40 anos, sempre com lealdade. Nunca discutimos e nunca tivemos um entrevero.” Questionado, porém, a respeito da possível candidatura a prefeito, o emedebista não comenta nada.

Tanto Maguito quanto seu filho, Daniel Vilela, que preside o MDB estadual, têm evitado falar sobre a possibilidade de o primeiro disputar o pleito em Goiânia, agora que Iris anunciou que não o fará. Ontem, os dois saíram sem falar com a imprensa.

Isso ocorre porque, com a saída de Iris, há muitas lacunas a serem preenchidas, sendo a principal delas o apoio do governador Ronaldo Caiado (DEM), que já havia garantido suporte a Iris.

Na avaliação de alguns aliados de Caiado, um apoio governista a Maguito é difícil, visto que o MDB estadual faz oposição à sua gestão. Contudo, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia já fez acenos a Caiado mais de uma vez. A reportagem também apurou que os Vilela enviaram interlocutores para conversar com o governador e sondar possível aliança.

ALTERNATIVAS

A imprensa o presidente do DEM metropolitano, Lívio Luciano, relata que o partido vai se “reunir nos próximos dias para decidir o rumo a ser tomado”. Sobre a possibilidade de apoio a Maguito, ele diz que, “em princípio, não seria essa” a alternativa. “Temos vários planos: o primeiro deles é candidatura própria. Há, por exemplo, o deputado Zacharias Calil.” (leia ao lado)

Questionado sobre Wilder Morais (PSC), Lívio afirma ser essa também uma alternativa. “Nesse momento, preferimos não descartar nenhuma possibilidade, mas o ideal, em minha opinião, é que nós possamos ir de candidatura própria.”

Já o presidente do MDB metropolitano, Carlos Júnior, afirma que a sigla não irá discutir candidatura até “esgotar todas as tentativas de ‘desaposentar’ Iris”. “De hoje até o dia da convenção, vamos tentar convencê-lo.” Segundo ele, há ao menos três sinais de que o prefeito pode recuar: ter mudado o local do anúncio, não ter inaugurado obras e não ter anunciado sucessor.