Notícias

De olho em 2026, Daniel vai conversar com Vanderlan e Rogério Cruz

De olho em 2026, Daniel vai conversar com Vanderlan e Rogério Cruz

access_time 10 meses ago

Colega de partido do vice-governador afirma que diálogo é necessário para evitar risco de perdê-los para Wilder Morais

Por: Francisco Costa

Colega de partido do vice-governador afirma que diálogo é necessário para evitar risco de perdê-los para Wilder Morais. | Foto: Divulgação

Engana-se quem pensa que o vice-governador Daniel Vilela (MDB) não irá conversar com o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos). Mesmo que o tom da conversa não seja para garantir um apoio do emedebista à reeleição do gestor do município, o diálogo ocorrerá, uma vez que os planos de Vilela vão mais à frente, em 2026.

E não é só isso, a conversa irá além. Daniel também falará com o senador Vanderlan Cardoso (PSD), outro pré-candidato à prefeitura de Goiânia em 2024. Quem garante é um emedebista de prestígio.

A análise é que Daniel tem interesse em ter o apoio de ambos. Não simplesmente pela aliança, mas porque, em 2026, o senador Wilder Morais (PL) já deu sinais de que irá disputar o governo, fazendo frente a Vilela, sucessor natural do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Nesse sentido, desprezar Rogério, mas sobretudo Vanderlan, é arriscar perdê-los para o adversário. “Se menosprezar, junta com Wilder Morais”, adverte a fonte.

Rompimentos

Rogério Cruz era vice de Maguito Vilela, que foi eleito em 2020, mas faleceu em decorrência da Covid-19 em janeiro de 2021. Meses depois, o prefeito rompeu com o MDB e houve a debandada do secretário maguitista. A situação gerou desgaste, especialmente, com Daniel.

O emedebista consultado cita o ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (Patriota), para dizer que nada é definitivo na política. Ele lembra que o ex-gestor rompeu com Daniel para disputar o governo de Goiás, foi opositor a Ronaldo Caiado, e hoje caminha com ambos.

Ainda sobre Rogério, é preciso lembrar que ele apoiou o governador Ronaldo Caiado na eleição de 2022. A expectativa é de receber apoio. O gestor estadual, entretanto, não tem sinalizado nesse sentido e o que pode ocorrer é um “bem bolado”, caso ele não se viabilize.

No caso de Vanderlan Cardoso, o senador disputou a prefeitura de Goiânia contra Maguito. Teve o apoio de Caiado. Em 2022, mesmo no PSD, base do governador, apoiou Major Vitor Hugo (PL) ao governo e Wilder Morais (PL) ao Senado. Desagradou.

São relações difíceis, mas não impossíveis, avalia o aliado. Daniel “recuperou” Mendanha. Deve conversar com Rogério e Vanderlan em busca do apoio em 2026. O MDB tem interesse em ter candidatura própria – possivelmente Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito Iris Rezende. No caso do atual prefeito, talvez seja mais fácil um acordo, pois este ainda precisa se viabilizar ao paço municipal.

Já Vanderlan Cardoso aparece em primeiro lugar em pesquisas recentes. Dificilmente abrirá mão do sonho de disputar a prefeitura da capital. Será preciso flexibilidade para impedir que ele se junte, futuramente, a Wilder ou mais: que ele próprio concorra ao governo.

Adversários

Daniel vai querer aglutinar para 2026, isso é fato. Wilder está fora do alcance – ao menos neste momento. Ainda terá quatro anos de mandato pela frente naquele ano e comanda uma das maiores legendas do País em Goiás, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Vanderlan, talvez não seja inalcançável. O senador e presidente estadual do PSD, todavia, termina o mandato naquele ano. Então, é mais fácil “combinar” algo se ele já estiver ocupando um cargo Executivo.

Uma sigla que também não compor é o PT. Apesar de Iris Rezende já ter costurado uma união no passado, este não deverá se repetir em um cenário ainda polarizado. Daniel deve fugir de qualquer sigla que leve a menções radicais.

Outro que também se oporá a Daniel e deve, possivelmente, entrar na corrida pelo Palácio das Esmeraldas é o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). O tucano, que vem de duas derrotas, tenta reerguer o partido e deve contar com o apoio do presidente nacional da legenda, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

De fato, Daniel precisará conversar. Mas conversar muito. De oposição a Caiado ele se tornou vice. Nesse sentido, não lhe falta competência. É preciso ver a disposição dele em buscar aliados onde já houve estranhamento

Compartilhe essa notícia

Comentários