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DELATOR DIZ QUE GOMIDE RECEBEU R$ 2 MILHÕES EM DOAÇÃO ILÍCITA. PETISTA NEGA

DELATOR DIZ QUE GOMIDE RECEBEU R$ 2 MILHÕES EM DOAÇÃO ILÍCITA. PETISTA NEGA

access_time 8 anos ago

Jornal Opção (Alexandre Parrode) Ricardo Saud, diretor de relações institucionais da J&F (holding que controla a JBS Friboi), revelou, durante depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), que o então candidato do PT ao governo de Goiás em 2014, o vereador por Anápolis Antonio Gomide, recebeu R$ 2 milhões em doações ilícitas de campanha.

Durante a delação, ele relata que somente naquele ano o Partido dos Trabalhadores recebeu em propina R$ 150 milhões da JBS. Foram R$ 70 milhões para a campanha presidencial de Dilma Rousseff e Michel Temer (PMDB), R$ 50 milhões para a Executiva Nacional e R$ 30 milhões para candidatos a governador.

“Tudo isso foi feito por doações dissimuladas de oficial, que não tem nada de oficial, isso tudo é dinheiro de propina. Foram feitas notas fiscais frias e pagamento em dinheiro”, conta o delator.

Segundo Saud, o então candidato e atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, teria recebido pelo menos R$ 30 milhões; Gleisi Hoffmann, senadora e candidata derrotada ao governo do Paraná, teria recebido R$ 5 milhões; Alexandre Padilha, que disputou o governo paulista, R$ 3 milhões; e Antonio Gomide, de Goiás, R$ 2 milhões.

Resposta

Ao Jornal Opção, Antonio Gomide disse que jamais pediu e recebeu nenhum centavo da JBS e que, se houve algo ilícito quanto às doações ao diretório nacional, “foi entre eles [executivos da JBS] e o partido”.

Ainda de acordo com o vereador, é preciso sejam apresentadas provas sobre o conteúdo das delações. “O que tem que ser levado em consideração é que se a pessoa está fazendo colaboração para ajudar nas investigações ou resolver o seu próprio problema”, alertou.

Eleição

Antonio Gomide é ex-prefeito de Anápolis (2008-2014) e ficou em quarto lugar na campanha ao governo de Goiás. No ano passado, disputou vaga à Câmara Municipal da cidade e foi eleito com a maior votação da história

Fonte: 247/Goiás

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