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Diante de alta recorde, governo estadual pede mudanças nos juros do FCO
O governo estadual encaminhou documento à Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) solicitando mudança na forma de cálculo dos juros que incidem sobre os financiamentos dos Fundos Constitucionais, incluindo o do Centro-Oeste (FCO). O ofício assinado pelo secretário estadual da Retomada, César Moura, foi embasado em estudo e proposta elaborados pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado. Diante de um cenário de altas consecutivas nas taxas, o CDE/FCO pede para que seja reimplantada a opção pela metodologia pré-fixada, imune à inflação e ainda praticada em financiamentos rurais. Como consequência da instabilidade econômica, os juros do FCO chegaram, em novembro, a 18,52% e 21,99% ao ano para micro e pequenas empresas e grandes empresas, respectivamente. São os patamares mais elevados desde o advento do Plano Real, em 1994, segundo levantamento feito por Elemar Pimenta, suplente do presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi, e assessor financeiro da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial).
Regional
O envio do ofício à Sudeco veio em um contexto de crescente mobilização, que também ocorre nos outros estados, pelo retorno dos juros pré-fixados. O tema deve ser debatido pelo Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel) em dezembro.
Tenso
Pimenta avalia que as pequenas e médias empresas são as mais impactadas pelo modelo pós-fixado no cenário econômico atual. “Fatalmente vai levar para dois cenários: inadimplência e, eventualmente, falência.”