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Em Davos, Haddad diz que vai apresentar nova regra fiscal ao Congresso no máximo até abril

Em Davos, Haddad diz que vai apresentar nova regra fiscal ao Congresso no máximo até abril

access_time 1 ano ago

O anunciou ocorreu durante uma entrevista em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial

Por: Ícaro Gonçalves / OH

O anunciou ocorreu durante uma entrevista em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial | Foto: Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (17) que enviará uma nova proposta de arcabouço fiscal ao Congresso Nacional “no máximo, até abril”. O anunciou ocorreu durante uma entrevista em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial.

No fim de 2022, durante a tramitação da PEC da Transição no Congresso, os parlamentares incluíram no texto uma obrigação para que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentasse uma nova proposta de âncora fiscal até outubro de 2023. Haddad vem dizendo que pretende agilizar esse envio.

A nova regra para disciplinar os gastos públicos vai substituir o teto de gastos, aprovado em 2016 e em vigor desde 2017. A regra atual prevê que a maior parte das despesas do governo não pode crescer em ritmo maior que a inflação.

O termo “âncora fiscal” é usado por economistas como referência a uma regra de austeridade, ou seja, que impeça o crescimento desenfreado das despesas públicas – o que gera aumento da dívida do Estado e pode levar a ciclos de inflação e alta de juros.

Haddad também afirmou ser possível zerar o déficit nas contas do governo em até dois anos. “Se você pegar uma série histórica, a gente está pretendendo voltar receitas e despesas ao mesmo patamar pré-crise da pandemia, que é 18,7% [do PIB no governo federal]. Se nós conseguirmos isso em dois anos, a gente consegue zerar o déficit. E isso vai ser tão mais fácil se aprovarmos a reforma tributária”, declarou.

O saldo primário indica que o governo deve gastar menos do que a arrecadação do ano, sem contar as despesas com a dívida pública. Se confirmado, será interrompida uma trajetória de oito anos com as contas no vermelho.

Além de Haddad, o Brasil também está representado no Fórum Econômico Mundial pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

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