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Embate entre MDB e PP em Anápolis será resolvido em janeiro

Embate entre MDB e PP em Anápolis será resolvido em janeiro

access_time 2 anos ago

Governador Ronaldo Caiado (DEM) deve convocar reunião no início do ano para tentar pacificar conflito local que provocou atrito entre MDB de Daniel Vilela e o PP de Alexandre Baldy

O embate político em Anápolis que acabou colocando o PP em atrito com o MDB de Daniel Vilela deve ser resolvido apenas em janeiro, em reunião no Palácio das Esmeraldas, entre o governador Ronaldo Caiado (DEM) e os envolvidos no assunto. Segundo o apurado, Caiado avisou o prefeito da cidade, Roberto Naves, a respeito do encontro para pacificar os ânimos, e que isso não poderia ser feito neste ano, devido à agenda apertada de entregas do democrata em várias cidades.

A fala foi feita na segunda-feira (27), quando o governador esteve na cidade, mesmo dia em que, em entrevista à Rádio Manchester, afirmou que agirá como pacificador em relação ao embate. A coluna Giro publicou trechos da entrevista nesta terça-feira (28). “Eu sou um pacificador e, como tal, eu saberei administrar muito bem todas as dificuldades para que a gente chegue a um único objetivo: o bem do povo do goiano”, disse.

No dia 24, ao Giro, Roberto afirmou que “Daniel, até agora, trouxe mais problemas do que solução”, referindo-se à entrada dele na base governista — foi anunciado, em setembro, por Caiado como pré-candidato à sua vice na eleição de 2022. De acordo com o prefeito, o grupo político que dá sustentação ao governo estadual precisa “saber se ele veio por convicção ao projeto para compor o nosso grupo ou se veio por oportunismo para tentar o caminho mais curto para ser governador”.

Nos bastidores, a avaliação é de que a afirmação de Roberto se deu, principalmente, pelo fato de o MDB na cidade não compor a sua base e não votar favorável, por exemplo, em matérias de interesse da prefeitura na Câmara Municipal. Um exemplo citado foi a antecipação da eleição da mesa diretora, rejeitada na semana passada pelos vereadores com apoio de parlamentares ligados ao presidente emedebista em Anápolis, Márcio Corrêa.
Daniel Vilela não se manifestou sobre o tema, mas Márcio, também ao Giro, no dia 25, disse que Roberto estava sendo “oportunista” e que atacou “gratuitamente Daniel” para forçar o apoio do MDB à sua gestão. “Porém, quando quis emplacar seu partido na Secretaria de Indústria e Comércio, correu atrás do Daniel para ajudá-lo”, relatou.

Por último, o presidente do PP em Goiás, Alexandre Baldy, que busca ser candidato ao Senado na chapa de Caiado, reforçou as críticas ao MDB: “Reaproximar o PP do governo é construir um grupo político para estar junto até as eleições. Mas sendo o MDB oposição ao nosso maior prefeito, maior prefeito da base do governador, não há como ter grupo formado”.

Aliados afirmam que a situação não representa “nada que não seja superável”, mas que exigirá diálogo para apaziguar a questão, não só por conta da presença de Daniel na chapa majoritária e pelo projeto de Baldy, mas também devido aos interesses eleitorais na cidade, que tem mais de 270 mil eleitores.

Roberto tem a intenção de lançar a sua esposa, Vivian Albernaz, a deputada estadual, e se beneficiaria de “dobradinha” com Márcio, tido como bem avaliado para deputado federal — a cidade só tem Rubens Otoni (PT) na Câmara dos Deputados, e ele teve 19,7 mil votos em Anápolis na última eleição. Porém, o endosso da prefeitura a uma candidatura de Vivian pode criar atrito, sobretudo, com o deputado Amilton Filho (SD).

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