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Embora oposicionistas torçam, aliança de Marconi e Mendanha é improvável
Ambos candidatos de oposição a Ronaldo Caiado possuem perceptiva de ir para um eventual segundo turno, dificilmente um deles deixaria de concorrer ao governo
Mesmo havendo respeito às diversidades e às divergências ideológicas, é sabido que o homem político, nada mais busca a não ser o poder. E essa é a talvez a principal bairreira para uma aliança entre o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota) ainda no primeiro turno da disputa pelo governo do Estado.
As pesquisas eleitorais colocam Marconi e Mendanha empatados tecnicamente na segunda colocação das intenções de votos, ficando atrás do governador Ronaldo Caiado (UB), que busca a reeleição. Nenhum dos dois adversários se veem sem chances de ir para um eventual segundo turno. É essa perceptiva de poder que cria o principal entrave entre Marconi e Mendanha. Ambos querem ir às urnas, e medir o real potencial eleitoral para além das pesquisas. Em razão disso, nenhum abrirá mão da cabeça de chapa.
Somado a isso, e talvez mais claramente compreendido, há o impasse entre o presidente do Patriota, Jorcelino Braga e Marconi Perillo. Desde a filiação de Mendanha o presidente da sigla já havia imposto sua posição negativa a aliança com o ex-governador. Jorcelino Braga, um articulador político de rara habilidade e que entende de marketing como poucos, sabe calcular o preço dessa decisão para a campanha do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, razão que nos leva a crer que será mantida a candidatura de Mendanha sem ele estar aliado ao tucano.
Outro ponto que com certeza é avaliado com cuidado tanto por Marconi, como por Mendanha, é que o fato de ir para um segundo turno com Ronaldo Caiado já é uma vitória. Isso porque, mesmo não sendo eleito, caberá ao segundo colocado de uma eleição comandar a oposição ao governo pelos próximos quatro anos. Essa é uma função estratégica tanto para Marconi, como para Mendanha – que não possuem nenhum mandato.
Muito embora o presidente da Associação Goiana de Ex-prefeitos (Agexp), Ronan Batista, tenha alardeado as tratativas para uma aliança entre Marconi e Mendanha já no primeiro turno, ou seja, ambos compondo uma mesma chapa, a chance é baixa – quase nenhuma. Pois, além dos pontos já relatados acima, ainda há o fato de que o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia negociou fortemente por apoios e isso lhe rendeu uma aliança com um partido de grande relevância – Republicanos. Para isso, Mendanha deu a vaga de Senador para João Campos. Mudar atual composição em nome de uma aliança com Marconi pode jogar por água abaixo todas as costuras feitas até aqui – que foram a duras penas.