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Entrevista: Elder Galdino, pré-candidato prefeito de Catalão pelo MDB

Entrevista: Elder Galdino, pré-candidato prefeito de Catalão pelo MDB

access_time 4 anos ago

“Catalão está cansada de brigas. Quero ser o prefeito da paz, que vai governar ouvindo e respeitando as pessoas”

 

Por que o senhor é pré-candidato a prefeito de Catalão?

Elder Galdino – Sou pré-candidato porque acredito que posso dar uma contribuição positiva para Catalão. O nosso partido, o MDB, entende que o meu nome pode ajudar a construir um novo momento na cidade, sem a velha briga dos dois doutores que já dura 20 anos. Sou candidato a prefeito para fazer diferente, para mudar o jeito de administrar Catalão. Quero ser um prefeito que vai ouvir a pessoas, fazer uma gestão baseada no diálogo e no respeito aos catalanos.

 

Quais são as suas principais propostas?

Elder Galdino – Se eu tiver a bênção de Deus e o apoio do povo de Catalão para chegar à prefeitura, quero dar prioridade à saúde, à educação, à assistência social e à construção de casas para quem precisa. Quero valorizar os servidores públicos. Vou ser parceiro dos comerciantes e também dos produtores rurais. Vou olhar com carinho e sensibilidade pelas famílias, sem ódio nem perseguição. Não farei promessas impossíveis. Vou, isto sim, assumir compromissos com a população. Compromissos que serão apresentados durante a campanha e depois serão rigorosamente cumpridos.

 

O senhor seria um candidato da terceira via, mas pertence ao MDB, que esteve na prefeitura por quatro mandatos nos últimos 20 anos. Como é possível?

Elder Galdino – O MDB se renovou em Catalão e não tem mais vínculo com o prefeito Adib Elias, que foi expulso de legenda por infidelidade partidária. A nossa mensagem é de renovação. A minha pré-candidatura surgiu de um sentimento de mudança, do desejo de mudar. E mudar para melhor. Tenho certeza que o nosso projeto para o município é o melhor. Vamos fazer uma campanha propositiva, sem agressões e sem baixarias. De alto nível. Vou levantar a bandeira da paz.

 

Seus adversários dizem que o senhor não tem experiência administrativa, nunca foi gestor público. Como o senhor vê essas críticas?

Elder Galdino – Tenho origem humilde. Fui engraxate, vendedor de laranjinha, balconista de lanchonete. Graças a Deus, venci na vida e hoje sou empresário e agropecuarista bem-sucedido. O que sei fazer na vida é trabalhar. Não sei falar bonito, fazer discurso rebuscado, mas sei administrar. Sou de acordar cedo e de pegar no chifre do boi. É isso que vou fazer na prefeitura: levantar de madrugada e trabalhar dia e noite para melhorar Catalão.

 

O fato de ser de partido diferente do governador Ronaldo Caiado, que é do DEM, poderia atrapalhar uma eventual gestão de Elder Galdino na prefeitura?

Elder Galdino – Acredito que não, mesmo porque defendo que governo não deve fazer oposição a governo, mas unir forças para viabilizar benefícios para a população. Acredito que o governador Caiado tem espírito republicano e jamais prejudicaria um município porque o prefeito é de partido diferente do seu. Catalão é uma cidade industrial e universitária. Sediamos dois polos expressivos de produção e geração de empregos: o polo automobilístico e polo minero-químico. Temos uma universidade federal. Catalão é uma fronteira estratégica para a economia de Goiás. Temos inserção no Triângulo Mineiro. Somos solução e não problema para o estado de Goiás.

 

A Mitsubishi acaba de anunciar a demissão de mais trabalhadores. E a produção de veículos, que foi de 26 mil no ano passado, será de 12 mil neste ano. Ou seja, menos da metade. Qual a sua proposta para reverter este processo de fuga de investimentos da cidade?

 Elder Galdino – Isso é muito preocupante e manifesto a minha solidariedade aos trabalhadores demitidos. Precisamos unir as forças políticas para evitar essas demissões e garantir pleno emprego não só na Mitsubishi como também em todas as empresas em Catalão. A prefeitura pode e deve ser uma instância conciliadora junto às empresas e trabalhadores. Minha proposta é criar um fórum de defesa do emprego acima de partidos políticos para intermediar soluções, sobretudo junto ao governo de Goiás na questão dos incentivos fiscais.

 

O senhor diz que o pronto-socorro da Santa Casa vai abrir para todos em 30 dias, se for eleito. Como isso vai ser possível?

Elder Galdino – É uma questão de prioridade. Catalão é uma cidade rica. Todos os dias entra mais de R$ 1 milhão no caixa da prefeitura. Se eleito, o meu compromisso é investir pesado nos serviços de saúde. E vou começar reabrindo o pronto-socorro em 30 dias. Como? Vou destinar pouco mais da metade de um dia de arrecadação da prefeitura para a Santa Casa. Dinheiro tem. O que falta é gestão. Os prefeitos A e B que brigam há 20 anos em Catalão são médicos, mas infelizmente não deram conta de resolver o problema da saúde na cidade. Eu vou resolver. Podem anotar pra cobrar depois.

 

O senhor afirma que vai acabar com a taxa de iluminação pública. O fim da taxa não poderia comprometer o serviço de iluminação da cidade?

 Elder Galdino – Ninguém aguenta mais pagar tributos. Sou empresário e sei o que é isso. O Brasil possui uma carga tributária abusiva que chega a 37%, uma das mais altas do mundo. Não precisamos criar mais impostos, precisamos de mais gestão. De gestão eficiente.  No caso da taxa de iluminação, o mais curioso é que a cidade ficou escura depois que começou a ser cobrada. A população já paga muito caro para ter energia em casa. Já paga IPTU caro e a taxa de iluminação é bitributação. Comigo na prefeitura ela não será mais cobrada.

 

O senhor tem dito que a briga entre os dois doutores, entre o A e o B, que já dura 20 anos, cansou. O que diferencia o senhor deles?

 Elder Galdino – Cansou porque é sempre o mais do mesmo. Um entra e faz. O outro vem e desfaz. Um entra e pinta a cidade da cor azul. O outro vem e pinta da cor laranja. E a população é quem paga o pato no final das contas. A cidade cansou dessa briga dos dois doutores e quer renovar. Catalão está travada com esse interminável confronto e precisa voltar a crescer. Perdemos força na economia estadual e deixamos de crescer como deveríamos. Quero abrir as portas da prefeitura e administrar com novas pessoas. Vamos oxigenar a gestão da cidade. Catalão quer e precisa viver um novo momento. Com Elder Galdino isso vai acontecer.

 

Tanto Jardel, quanto Adib prometeram acabar de vez com a falta de água em Catalão. Mas não conseguiram. Este é um problema sem solução?

 Elder Galdino – É o que acabei de dizer. Eles estão se revezando há 20 anos na prefeitura e os problemas continuam os mesmos. Entra ano, sai ano e as torneiras da cidade da cidade continuam secas. Isso é falta de gestão. É o que sempre digo: dinheiro tem, mas falta administração. Na prefeitura, vou resolver definitivamente o problema da falta de água em Catalão. Podem anotar. Ou não me chamo Elder Galdino.

 

Adib acabou com o cartão social e passou a assistir as famílias carentes com cestas básicas. Se for eleito, o senhor vai manter este modelo?

 Elder Galdino – Minha proposta é criar um cartão que pode ser usado pelas famílias carentes para comprar produtos da cesta básica no comércio local. Com isso, acabaremos com as filas e com o tormento de carregar cestas nas costas, ao mesmo tempo em que vamos fortalecer o comércio local. Acredito também que, se entregarmos o cartão para as mães de família, eles serão melhor utilizados, mesmo porque elas sabem que os alimentos são essenciais para os filhos e não vão desvirtuar o uso cartão. Na prefeitura, quero olhar com muita sensibilidade para a questão social, com a construção de creches e criação de programas para resgatar a cidadania dos mais humildes.

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