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Grupom: Mulheres e jovens entre os mais decepcionados com Bolsonaro e Caiado

Grupom: Mulheres e jovens entre os mais decepcionados com Bolsonaro e Caiado

access_time 6 anos ago

A segunda  rodada da pesquisa do Instituto Grupom sobre as expectativas dos goianos sobre os governos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e Ronaldo Caiado (DEM) trouxe mais um desdobramento: a avaliação das mulheres e dos jovens, menos de 25 anos, sobre estas duas administrações. O resultado é que houve uma queda significativa da expectativa destes segmentos a estes dois governantes.

O levamento foi baseado na comparação entre as expectativas do mês de dezembro, portanto, antes da posse dos futuros governador e presidente, e agora, em abril, quatro meses depois. Entre as mulheres 74,2% achavam em dezembro de 2018 que o este ano de 2019 seria melhor;  agora em abril este índice caiu para 50,5%, ou seja,praticamente um quarto das entre vistadas aumentaram a percepção de que houve piora nas condições de vida.

Este sentimento fica mais  visível ainda quando se observa que aquelas que consideravam que 2019 seria pior (6%) mais que triplicaram e chegam agora a 21,5%. Em dezembro 12,8% apostavam que 2019 seria igual,  agora são 25,6% que pensam assim; as indecisas caíram de 6,9% para 2,4%.

Entre os rapazes e moças menos de 25 anos, o otimismo caiu de 73,5% para 60,9%; o pessimismo dobrou de 6,5% para 12,5%; assim como dobrou a sensação de que 2018 (12%) será igual (26,1%) a 2019. Aqueles indecisos, que não sabiam responder a esta pergunta caíram de 8% dos entrevistados para apenas 0,9%

Caiu muito a avaliação positiva  de mulheres e jovens em relação aos governos de Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro. Antes da posse, em dezembro, 72,2%  das mulheres e 63,6% dos jovens consideravam que Caiado faria um governo melhor do que o anterior; agora em abril este índice caiu, a 58,1% entre as mulheres (14,1%) e em 43,5% (- 20,1%) entre os jovens.

Triplicou tanto entre as mulheres, quanto entre os jovens, a expectativa de que a gestão de Caiado para este ano de 2019 será pior do que a do seu antecessor.  Em dezembro, 3% das mulheres acreditavam que o governo Caiado seria pior, agora, em abril, este número saltou a 16,1%. No eleitorado de 16 a 25 anos, subiu de 5,5% para 17,4%.

Praticamente dobrou também a avaliação de que o governo Caiado será igual ao anterior: era de 14,6% entre as mulheres e agora é 22,6%; entre os jovens pulou de 18,2% para 34,8%.

A pesquisa mostra que diminuiu substancialmente o otimismo em relação ao governo do  presidente Jair Bolsonaro. Antes, em dezembro, 74,7% das mulheres e 78,2% dos jovens, acreditavam que seria um governo melhor;  em abril, este número caiu, respectivamente a 50,5% e 65,2%.

Os jovens tinham mais esperança no novo presidente. Apenas 1,8% supunham em dezembro que ele poderia fazer um governo pior que o anterior. Em abril este índice disparou para 21,7%, ou seja, praticamente um quarto do eleitorado na faixa dos 16 aos 25 anos passou a rejeitar o presidente. As mulheres já eram mais cautelosas com relação a Bolsonaro: 11,1% tinham que certeza que seria pior, e esta convicção atinge agora 29%.

Registr-se também um aumento na perspectiva de que Bolsonaro fará  igual ao que foi feito pelo seu antecessor. Este é o pensamento de 17% das mulheres e 13% dos jovens. O número de indecisos entre os mais jovens que era de 9,1%, literalmente zerou; enquanto entre as mulheres reduziu-se de 10,1% para 3,2%.

Emprego

Piorou entre as mulheres e os jovens a expectativa quanto a colocação no mercado de trabalho. Os rapazes e moças  são mais esperançosos que as mulheres, mais houve, mesmo assim, aumento na perspectiva negativa

Entre os mais jovens, 65,5% que achavam em dezembro de 2018 que o mercado de trabalho seria melhor em 2019, em abril este número caiu para 56,5%; a expectativa de piora aumentou  de 9,1% para 17,4%, os indecisos “zeraram” de 9,1% para 0% e praticamente dobrou o número dos que entendem que 2018  (16,4%)será igual a 2019 (26,1%) na oferta de emprego.

No eleitorado feminino, 71,2% apostavam em dezembro que 2019 seria melhor. este índice desabou para 47,3% em abril. A avaliação pior subiu de 7,6% para 21,5%; aquelas que estimavam que tudo seria igual, dobrou de 14,6% para 30,1% e as indecisas despencaram de 6,6% para 1,1%,

Qualidade de vida

A preocupação com a qualidade de vida é maior entre as mulheres em relação aos mais jovens. O otimismo delas caiu de 75,8% para 45,2%; o pessimismo praticamente  sextuplicou de 4% para 23,7%, assim como aumentou a impressão de que 2019 (23,7%) será igual a 2018 (17,7%). Para o eleitorado de 16 a 25 anos houveram pequenas oscilações na avaliação sobre a qualidade de vida. Os que entendem que 2019 será melhor do que 2018 variaram de 80% PARA 78,3%. Aqueles que estimam piora subiram de 1,8% para 8,7%; quem previa que tudo seria igual caiu de 16,4% para 13%

Mário Rodrigues filho, diretor do Grupom, explica pesquisa que avalia o humor do eleitor (foto divulgação)

Para Mário Filho, diretor-presidente do Grupom, com relação a economia, “os entrevistados dessa pesquisa indicam que a maior prioridade será deixar a crise no passado e retomar o crescimento do Estado e do País. Ele sente-se mais otimista e com vontade de investir e consumir como o fez nos anos anteriores à crise”.

Para os mais jovens, no entanto, houve uma oscilação de 63,6% para 43,5% no otimismo e de 7,3% para 34,8% na sensação de que tudo irá ficar igual, enquanto o pessimismo caiu de 5,5% para 4,3%, conforme analisa o instituto. As mulheres, previam 2018 melhor 72,2% que 2019, reviram este índice para 58,1% em abril.  O pessimismo quintuplicou de 3% para 16,1% e o sentimento de que tudo vai ficar igual passou de 14,6% para 22,6%.

Segurança

A sensação de segurança não melhorou. Ela era alta entre as mulheres (77,8%) e  baixou a 51,6%. O pessismo quatruplicou, passando de 4% para 17,2% e a sensação de que está tudo igual,dobrou de 13,1% para 29%. Para os jovens, o otismo variou de 80% para 60,9% e o pessimismo em relação à segurança de 5,5% para 4,3%;  porém, o sentimento de que tudo está igual como antes praticamente foi multiplicado por cinco, passando de 7,3% para 34,8%.

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