Atualizada às 11h45.

Nesta terça-feira (25), João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, de 78 anos, foi condenado a dois anos e seis meses de reclusão por violação sexual mediante fraude. A sentença é do juiz titular da comarca de Abadiânia, Renato César Dorta Pinheiro. As condenações de João de Deus ultrapassam mais de 64 anos. O caso corre em segredo de Justiça.

Esse processo, segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), envolve dez vítimas apresentadas pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), mas o Poder Judiciário rejeitou a acusação de nove delas e o processo seguiu com apenas uma, o que justifica o tempo de pena.

De acordo com o TJ, João de Deus responde ainda por mais de uma dezena de ações, que aguardam sentença. O suposto médium já foi condenado em 3 anos de reclusão em processo referente a posse ilegal de arma de fogo e a 19 anos e 4 meses de reclusão, em ação de violação sexual e estupro de vulnerável.

Em um processo, que investigou estupros contra cinco mulheres, ele foi condenado a 40 anos de prisão. Todas as condenações estão em fase de recurso no Tribunal de Justiça.

Absolvição

Em fevereiro deste ano, João de Deus e mais três pessoas foram absolvidas das acusações de prática de falsidade ideológica. Isso ocorreu depois do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) ter determinado o trancamento da ação penal contra Edna Ferreira Gomes, ex-assessora de imprensa do suposto médium em fevereiro do ano passado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeito rejeitou o Agravo de Instrumento interposto pelo Ministério Público do Estado de Goiás e manteve o trancamento. Assim, o processo foi encerrado.

Além de Edna e João de Deus, João José Elias e Reginaldo Gomes do Nascimento eram acusados de terem acompanhado uma suposta vítima de João de Deus até um cartório de Abadiânia e obrigado a mulher a fazer declarações falsas em favor do médium.