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John Deere demite 85 trabalhadores da fábrica de Catalão
Em dezembro, a empresa comunicou ao Sindicato dos Metalúrgicos que demitiria 200 pessoas, alegando uma queda na produção de 2022 para 2023
John Deere, fabricante de máquinas agrícolas: queda na demanda (Foto: Divulgação)
A fabricante de máquinas agrícolas John Deere demitiu ontem 85 trabalhadores de sua unidade fabril de Catalão, no Sudoeste do Estado. O motivo seria uma queda na produção de algumas máquinas e equipamentos, como colhedeiras de cana e pulverizadores, por conta de uma redução na demanda. O Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat) afirma que conseguiu reduzir o número de demissões numa negociação com a empresa.
O presidente do Simecat, Carlos Albino de Rezende Júnior, informa que ainda no início de dezembro do ano passado, a empresa comunicou ao sindicato que demitiria 200 trabalhadores. O motivo alegado seria uma redução de 30% no volume de pulverizadores fabricados de 2022 para 2023.
De acordo com Carlos Albino, a queda seria de 2.550 para cerca de 1.700 unidades, ou seja, 850 equipamentos deixariam de ser produzidos este ano na fábrica.
“Somente no ano passado, quando a produção atingiu esse número de equipamentos, um dos maiores desde 2017, foram contratadas 400 pessoas para atender a demanda”, lembrou o sindicalista.
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Desde então, várias reuniões foram realizadas entre o Simecat e a John Deere, quando o sindicato sugeriu medidas para evitar a demissão em massa, como a implantação de layoff e utilização do banco de horas. Carlos Albino lembra que, mesmo não havendo um consenso, a empresa baixou o número de demissões, de 200 para 130 durante as negociações.
Mas, nesta terça (17), 85 trabalhadores já foram desligados. Carlos Albino garante que conseguiu que a empresa não demita mais 45 colaboradores, dos 130 desligamentos que estavam previstos, por meio de uma mudança de funções e utilização do banco de horas. “O Simecat continua em reunião com a John Deere para tentar conseguir algum benefício para estes 85 trabalhadores demitidos”, afirmou o sindicalista. A previsão é que haja um acordo com a empresa para que ela pague R$ 3 mil para cada funcionário fazer um curso profissionalizante.
Em nota, a John Deere informou que finalizou contratos de trabalho com prazo determinado e realizou ajustes no quadro de funcionários de sua fábrica em Catalão. De acordo com a empresa, estas medidas se fizeram necessárias por conta da atual demanda de mercado relacionadas à produção de colhedoras de cana e pulverizadores. “O Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão foi comunicado e o processo está transcorrendo de forma transparente”, finaliza a nota da John Deere.
