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Lissauer promete punição a deputados em caso de novas brigas

Lissauer promete punição a deputados em caso de novas brigas

access_time 2 anos ago

Nos últimos sete dias, os parlamentares protagonizaram dois episódios de troca de ofensas em que foi necessário envolver seguranças da Casa

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira (PSB), deu um puxão de orelha nos deputados Amauri Ribeiro (Patriota) e Major Araújo (PSL) durante a sessão desta quarta-feira (15). Nos últimos sete dias, os parlamentares protagonizaram dois episódios de troca de ofensas em que foi necessário envolver seguranças da Casa.

“O regimento não está sendo cumprido pelas duas partes. Os dois estão errados. Não estou aqui para dar razão nem para um nem para outro. Vocês estão colocando a minha gestão em constrangimento. Vocês estão colocando esse parlamento em constrangimento. Nós não vamos admitir. Não vamos aceitar esse tipo de atitude por parte de nenhum dos dois parlamentares. Eu coloco um basta nesta situação”, disse o presidente.
Lissauer disse ainda que não permitirá aos parlamentares que subam na tribuna e façam ofensas pessoais e “palavras que desabonem a integridade moral dos deputados”. E continuou: “Eu quero dizer às vossas excelências que eu vou tomar atitudes com força que tem essa mesa diretora e o regimento me proporciona. Eu não quero que vossas excelências me obriguem a fazer isso”.

O presidente afirmou ainda que as discussões entre os parlamentares estão travando a votação da pauta. O deputado Humberto Aidar (MDB) estava na presidência da sessão nas duas oportunidades em que as brigas aconteceram e encerrou o encontro por causa do problema.

Depois de chamar atenção dos dois deputados, Lissauer suspendeu a sessão e conversou no plenário separadamente com cada um deles. No retorno, o presidente afirmou que não permitirá ofensas nos discursos. Em consenso entre os deputados presentes na sessão, foi decidido que, em caso deste tipo de atitude, o parlamentar terá o microfone cortado e não poderá finalizar o discurso.

Antes de Lissauer chamar atenção dos deputados, os dois subiram na tribuna e, mais uma vez, trocaram ofensas. Os deputados, inclusive, fizeram provocações relacionadas a agressões físicas.

Contexto

O primeiro bate-boca entre Amauri e Araújo ocorreu no dia 8 de dezembro. O contexto da discussão foi a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda a distribuição de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que havia sido aprovada em definitivo no dia anterior. Nas redes sociais, Humberto Teófilo (PSL) disse que a matéria proíbe a redução do ICMS que incide sobre os combustíveis em Goiás. Na postagem, o deputado colocou lista com os nomes dos parlamentares que votaram contra e a favor da matéria.

No dia 8, Amauri afirmou durante a sessão que não houve congelamento e que a postagem de Teófilo era fake news. Em seguida, ao comentar o assunto na tribuna, Araújo chamou Amauri de “boneca”. O deputado reagiu e, em meio a gritaria dos dois lados, precisou ser contido por seguranças da Casa.
A Assembleia divulgou nota afirmando que a proposta trata dos porcentuais de distribuição do referido imposto aos municípios goianos e não proíbe reduções.

Nesta terça-feira, a discussão ocorreu durante a votação do projeto que autoriza o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) a alienar para o governo estadual o Hospital do Servidor Público (HPS). Mais uma vez Araújo falou palavrões durante discurso em um dos microfones que fica no meio do plenário. Os equipamentos são usados geralmente para momentos de apresentações de matéria e pequenas intervenções dos deputados durante as votações dos projetos. Ofendido com as palavras de Araújo, Amauri se levantou, mas foi impedido por seguranças de se aproximar.

Rusga

Amauri disse que se levantou para usar o microfone e não tinha intenção de agredir o colega parlamentar fisicamente. O deputado fez mais críticas a Araújo e disse que o colega desrespeita os deputados com xingamentos. Amauri afirma que não pretende entrar com representação na comissão de ética.

O major também afirma que não fará representação e acredita que qualquer providência relacionada ao assunto precisa ser tomada pela mesa diretora da Assembleia. Araújo disse que é comum a oposição fazer críticas duras e diretas ao governo e à base e argumentou que Amauri responde a esses discursos com indiretas.

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