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Lotéricas em Goiás tentam reverter decisão e voltar a receber faturas da Enel
Empresa anunciou que as contas de energia não poderão mais ser pagas na Caixa já no próximo mês
Após o anúncio da Enel, antiga Celg, que a partir do dia 5 de agosto as faturas de energia da companhia não poderão mais ser pagas nas casas lotéricas, nos correspondentes Caixa Aqui e nas agências bancárias da Caixa Econômica Federal, os empresários lotéricos de Goiás tentam reverter a decisão.
Como reportado pelo POPULAR na edição desta quinta-feira (12), a empresa justificou que o contrato de arrecadação foi encerrado com a instituição bancária e, segundo a distribuidora, isso ocorreu devido ao reajuste de cerca de 30% proposto pelo banco na tarifa cobrada para receber as faturas nesses locais de atendimento. A situação também se estende para outros Estados.
Já os empresários, que representam 34% dos locais para pagar a fatura, relataram por meio Sindicato dos Empresários Lotéricos de Goiás (Seloesgo) que estão em busca do apoio de parlamentares para continuar prestando o serviço e que também incentivam a continuidade das negociações entre a Caixa Econômica Federal e as concessionárias de energia elétrica.
Para o empresário lotérico Adriano de Oliveira Xavier, da loteria Toca da Sorte, no Setor Leste Vila Nova, a população não pode ser prejudicada pela falta de entendimento entre as concessionárias e a Caixa. “A Câmara Federal realizou uma audiência pública em que ficou claro que a interrupção do serviço viola os direitos do consumidor. As agências lotéricas também estão sendo prejudicadas porque deixarão de fazer e receber por esse serviço. Não podemos permitir que isso aconteça”, desabafou Adriano.
Ainda segundo Adriano, a lista de lugares onde as faturas poderão ser pagas sem acréscimo informada pela Enel não conta com horário estendido de pagamento, nem as medidas de segurança e atendimento prioritário que existe na Rede Lotérica. Adriano afirmou que os agentes lotéricos tiveram gastos com instalação de equipamentos de segurança, e agora veem seus serviços serem reduzidos, com consequente diminuição na receita.
Segundo a Seloesgo, uma audiência pública em Brasília realizada em 3 de julho mostrou que em Pernambuco formaram-se filas para pagamento das contas de energia nas unidades credenciadas, sem nenhum tipo de prioridade de atendimento. “Também foram relatados pontos credenciados sem estrutura necessária, que acabaram desistindo de receber as contas de energia. Houve também denúncias de unidades de atendimento que estariam cobrando tarifas extras para recebimento das contas de energia, mostrando a gravidade do problema”, destacou o sindicato.
Adriano destacou ainda que tem sido divulgado na mídia que as casas lotéricas do País vão passar a cobrar uma tarifa de R$ 2,80 para receber as faturas. Segundo ele, esta notícia não é verdadeira, pois este valor é cobrado pela própria empresa. “O valor repassado por este serviço seria de R$0,73, conforme acordo firmado junto ao Senado Federal, mas também não está sendo creditado, com erros mensais e sem o pagamento do retroativo”, informou.