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Mais organização será exigida, diz especialista sobre as eleições de 2020

Mais organização será exigida, diz especialista sobre as eleições de 2020

access_time 4 anos ago

Por: Karlar Araújo

O advogado especialista em direito eleitoral Dyogo Crosara afirma que entre os pontos que pesam contra o adiamento das eleições desta ano está o prejuízo ao calendário eleitoral (veja quadro), que terá de ser totalmente revisto a partir de quando for definida a prorrogação. “A eleição deste ano vai exigir mais organização dos partidos. Com certeza teremos convenções virtuais e as siglas precisam estar preparadas para isso”, diz. Para Dyogo, é provável que data escolhida para o primeiro turno seja 22 de novembro, pois o objetivo é evitar que o segundo turno seja realizado próximo ao Natal. Isso acontecerá se a primeira fase da eleição for marcada para o início de dezembro.

Ao tomar posse, na semana passada, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que a mudança no calendário eleitoral deste ano precisa ser a menor possível para evitar alterar a data da posse dos novos prefeitos e vereadores, no início de 2021.

A presidente do PT em Goiás, Kátia Maria, diz que o partido ainda não discutiu a possibilidade de adiamento, mas sua opinião pessoal é de que a data do pleito seja prorrogada. “Se os governantes estivessem fazendo as políticas necessárias para manter a curva de contaminação por Covid-19 achatada, não teríamos este problema. Se a pandemia continuar crescendo, vai interferir em tudo.”

O presidente estadual da Rede, José Aluízio Ferreira Lima, defende que o primeiro turno da eleição seja realizado no dia 6 de dezembro, conforme proposta apresentada pelo partido no Congresso Nacional.

No Psol, o presidente Weslei Garcia também afirma que não houve discussão em nível estadual sobre o assunto. Na opinião do presidente, é preciso que a eleição ocorra, independente da data. “A manutenção do processo democrático é muito importante. O tema principal nesta eleição será a saúde. Estamos pagando preço caro por décadas de corrupção nesta área.” Para o presidente da UP, Fábio Junior, antes de a decisão ser tomada é preciso analisar a constitucionalidade da medida e a opinião de autoridades sanitárias.

Já o presidente do PSC, Eurípedes do Carmo, defende aguardar mais tempo antes de tomar a decisão. “Não vejo inconveniente em prorrogar. Mas os prefeitos que estão na gestão terão dificuldade para fechar as contas e relatórios e participar da eleição ao mesmo tempo.”

Flávio Canedo, do PL, disse que defendeu a manutenção do pleito em outubro até semanas atrás, mas mudou de ideia. “É difícil fazer campanha nesta situação. A campanha eleitoral sempre foi certa, com carreata e caminhadas com até milhares de pessoas, mas tudo vai muda neste ano. Já tive reuniões com marqueteiros e estão todos perdidos”, diz.

Alexandre Baldy, que comanda o Progressistas em Goiás, também é a favor de mudar a eleição para novembro ou dezembro.

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