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Marconi Perillo oficializa pré-candidatura ao governo
Em enquete, 93% dos tucanos defenderam disputa ao Palácio das Esmeraldas, mas ex-governador repetiu que decisão final só ocorrerá no dia 5 de agosto
Em evento na manhã deste sábado (16), o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) oficializou a pré-candidatura ao governo de Goiás, depois de divulgar resultado de enquete em que 93% dos tucanos defenderam essa opção para as eleições de outubro. Em entrevista coletiva, no entanto, ele repetiu por seis vezes que dedicará os próximos dias a busca de alianças e que a “decisão final” só ocorrerá no dia 5 de agosto, data limite das convenções partidárias.
Segundo a organização, 1% votou a favor de candidatura a deputado federal e 6% a senador. Ainda de acordo com o diretório do PSDB, houve 5.189 votos em totens disponibilizados em auditório do Clube Jaó, em Goiânia, das 8h15 às 11h20.
Em discurso, Marconi disse que “quer recolocar Goiás no caminho certo”. Afirmou ainda que tem um “legado que tentaram a todo custo desmerecer”. “Eles não sabem o tamanho do problema que arranjaram. O nosso legado é muito maior. O que eles têm para mostrar? Nada”, disse.
O Giro já havia antecipado que o tucano, que preside o PSDB goiano, confirmou nesta semana a pré-candidatura a aliados, mas pediu autonomia para definir alianças.
A primeira rodada da pesquisa Serpes/O Popular, divulgada nesta sexta-feira, mostra Marconi em terceiro lugar na disputa ao governo, com 15% das intenções de voto. O governador Ronaldo Caiado (UB), pré-candidato à reeleição, aparece com 37,6% e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota) é o segundo colocado, com 18,7%.
Para o Senado, Marconi aparece em primeiro lugar, com 19,1%, com 5,7 pontos porcentuais de vantagem sobre o segundo colocado, deputado federal Delegado Waldir Soares (UB), que tem 13,4%.
“Depois de ouvir esse resultado (enquete), em que cada um de vocês participou e me ajudou na decisão, com muito orgulho e vontade de trabalhar, eu digo que aceito a decisão de vocês”, disse o ex-governador no discurso de 24 minutos, que foi lido.
Já na coletiva, Marconi afirmou que “pré-candidatura não é candidatura” e que “tem muita coisa pra correr debaixo da ponte ainda” até o dia 5.
O tucano disse que buscará alianças com partidos e atores políticos insatisfeitos com a base do governo e não descartou totalmente uma aproximação do PT.
“(A candidatura) Vai depender muito das alianças que conseguirmos fazer. Já deixei muito claro isso a todos. Estou animado, estou pronto para a luta, mas já me deram (correligionários) autorização para conversar com várias forças políticas e vou fazer isso”, afirmou.
Sobre as conversas com atuais aliados de Caiado, ele disse que “tem muita gente desgarrada por aí, muitos descontentes”. “Muita gente achava que seríamos o patinho feio nesta eleição e o que está se revelando é o contrário. Estamos sendo procurados por muitas forças políticas do nosso Estado”, afirmou, completando que não revelaria os partidos por questão estratégica.
Sobre o PT, ele afirmou que há a barreira da candidatura presidencial apoiada pelo PSDB. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) é pré-candidato a vice-presidente na chapa da senadora Simone Tebet (MDB-TO). “Eu não posso tomar uma decisão heterodoxa contra a decisão do meu partido.”
Questionado, no entanto, sobre o fato de o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite ter anunciado apoio a Luciano Bivar (UB), o tucano disse que ele deve ter conversado com a cúpula do partido. “Eu não fiz isso. Mas posso fazer”, afirmou.
Ainda no discurso, Marconi fez críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro(PL), sem citar o nome e buscando associá-lo a Caiado. “(Ao falar de fome, desemprego e inflação) Eles culpam sempre os outros. Dizem que é a pandemia, a guerra na Ucrânia. Tudo é desculpa porque são incompetentes. Eles, sim, são os reis do mimimi. Mentem e são incompetentes.”
O evento teve transmissão de vídeo que lembrou as campanhas e vitórias nos quatro mandatos de governador de Marconi (1998, 2002, 2010 e 2014). O vídeo começou com fala do ex-governador Henrique Santillo, morto em 2002 e de quem o tucano foi assessor.
Também houve apresentação de uma dupla sertaneja que cantou o jingle da pré-campanha. Ao final do evento, foi oferecido almoço aos presentes (galinhada e refrigerante). Ao redor do clube, havia pelo menos 15 ônibus que levaram militantes do interior.
Fonte: O Popular
