Notícias

Mercado aquecido: Entenda o motivo da “guerra” para se eleger deputado federal em Goiás

Mercado aquecido: Entenda o motivo da “guerra” para se eleger deputado federal em Goiás

access_time 2 anos ago

Quem não eleger deputados federais em 2022 “não” terá fundo partidário e fundo partidário para as próximas campanhas

Pode-se falar que, no momento, há uma certa “calmaria” em relação à formatação das chapas majoritárias? Calmaria não é a palavra precisa, pois os políticos estão sempre articulando — tanto que Henrique Meirelles (PSD), Delegado Waldir Soares (União Brasil), João Campos (Republicanos) e Alexandre Baldy (pP), todos integrando a base política do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), permanecem sugerindo que podem ser candidatos a senador. Não apenas sugerindo, mas articulando, com equipes montadas, para a disputa do pleito.

Mas a “calmaria”, se há, tem uma explicação: os líderes de todos os partidos estão articulando, em todo o Estado, uma espécie de “eleição antecipada” — quer dizer, a montagem das chapas para deputado estadual e, sobretudo, federal. Cada partido (ou federação) poderá lançar até 18 candidatos.

As cúpulas nacionais estão pressionando as cúpulas estaduais para que montem chapas consistentes para deputado federal. Tal disputa é considerada, por vários líderes partidários, como mais importante do que as eleições majoritárias.

Membros do União Brasil trabalham para articular uma chapa poderosa, com o objetivo de eleger de sete a oito deputados federais. Alguns políticos que iriam disputar mandato de deputado estadual, com uma eleição garantida, agora vão postular vagas na Câmara dos Deputados.

Ao menos dois políticos do União Brasil que iriam postular mandato de deputado estadual foram convencidos a disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Por que a eleição para deputado federal é considerada tão importante para os líderes de todos os partidos? Simples: porque o “petróleo” que move os partidos — dinheiro, pila, bufunfa, vil metal — deriva do número de deputados federais (e não dos senadores, por exemplo)

O partido com mais deputados federais terá um fundo partidário e um fundo partidário maiores. Fusão do PSL com o Democratas, e tendo a maior bancada parlamentar do país, o União Brasil tem 900 milhões de reais só de fundo eleitoral. Trata-se do maior fundo da história do Brasil. Para não perdê-lo — ou melhor, para que não seja reduzido —, o novo partido tem de eleger uma bancada gigante de deputados federais.

Há outro ponto, igualmente relevante: quanto maior o número de deputados federais, maior o tempo no programa do horário gratuito de televisão.

Por isso os presidentes de partidos e deputados estão em “campo” articulando candidaturas. É uma guerra — às vezes barulhenta, às vezes silenciosa. Alguns partidos nem querem revelar os nomes de seus postulantes, alegando que temem que sejam “roubados” por partidos rivais mais poderosos. Alegam que só vão revelar depois do dia 2 de abril, último prazo para filiações de quem pretende disputar mandato em 2022.

O PSD de Vilmar Rocha tem pelo menos dois políticos que com amplas possibilidades de serem eleitos para deputado federal. O primeiro é o deputado federal Francisco Júnior — com forte ligação com a Igreja Católica, por intermédio da Renovação Carismática. O segundo é o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira. A rigor, o deputado estadual ainda não está filiado ao PSD, mas se filiará em março, na janela partidária. Há outros nomes, mas os dois são as principais apostas do partido. Especula-se que o deputado federal José Nelto poderá se filiar ao PSD ou então ao MDB ou ao União Brasil.

O União Brasil, até pela força do governador Ronaldo Caiado, terá uma chapa forte, com o deputado Zacharias Calil sendo um dos puxadores de voto. O deputado federal José Mário Schreiner, que chegou a pensar em se filiar ao MDB, pode acabar disputando a reeleição pelo União Brasil. Comenta-se, inclusive, da possibilidade de a deputada federal Flávia Morais migrar do PDT (no qual está com dificuldade para montar uma chapa consistente) para o partido.

O MDB aposta numa chapa forte, como Márcio Corrêa, Célio Silveira e, provavelmente, José Nelto.

O PT terá a deputada estadual Adriana Accorsi e o deputado federal Rubens Otoni na disputa. A cúpula do partido aposta que os dois serão eleitos, levados pela onda Lula da Silva e também pelo próprio prestígio. No caso de federação partidária entre PT e PSB, acredita-se que se poderá eleger três deputados federais — Rubens Otoni, Adriana Accorsi e Elias Vaz (PSB) ou Edward Madureira (cotado para se filiar ao PSB ou ao PDT). A tendência é que o PSB faça apenas um parlamentar.

O PP aposta na reeleição dos deputados federais Adriano do Baldy e Professor Alcides Ribeiro, e acreditando que também poderá eleger o vereador Sandes Júnior. O vereador de Anápolis Leandro Ribeiro, presidente da Câmara Municipal, é cotado para a disputa.

As duas principais apostas do PSDB são os deputados estaduais Lêda Borges e Helio de Sousa. Há, no partido, quem postule que os dois podem ser eleitos, mas há também quem acredite que apenas uma irá para Brasília, possivelmente Lêda Borges — a candidata que terá o apoio do ex-governador Marconi Perillo.

O Podemos tende a apostar nos deputados federais Cláudio Meirelles e Paulo Cezar Martins.

A principal aposta do Republicanos é o deputado federal Jefferson Rodrigues. O partido planeja bancar também o ex-prefeito de Itumbiara José Antônio e a vereadora Sabrina Garcez (hoje, filiada ao PSD).

O Patriota tende a bancar a reeleição do deputado federal Alcides “Cidinho” Rodrigues. Se ele não disputar, seu filho, João Alberto, prefeito de Santa Helena, poderá ser candidato a deputado federal.

Compartilhe essa notícia

Comentários