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MPGO denuncia Naçoitan Leite por ataque a tiros contra ex-mulher e o namorado dela
O prefeito segue preso
O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou, nesta sexta-feira, 1º, o prefeito de Iporá, Naçoitan Leite, pelo episódio do ataque a tiros contra sua ex-mulher e o namorado dela, crime ocorrido em 18 de novembro. A instituição denunciou Naçoitan pelos crimes de tentativa de feminicídio contra a mulher e tentativa de homicídio contra o namorado dela, ambos com a qualificadora de motivo torpe; porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e fraude processual.
Segundo o promotor de Justiça Luís Gustavo Soares Alves, Naçoitan e a ex-mulher foram casados por sete anos, mas ela já estava em um outro relacionamento amoroso.
Diante disso, na madrugada de 18 de novembro, segundo a denúncia, o prefeito, portando uma arma de fogo de uso restrito (calibre 9mm), foi até a casa da ex-mulher e, com seu carro, derrubou o portão, invadindo o local. As vítimas estariam dormindo, mas Naçoitan teria gritado pela mulher e efetuado os disparos no interior da residência, destruindo uma porta de vidro.
Na sequência, ainda conforme a denúncia, Naçoitan foi em direção ao quarto do casal e tentou entrar, sendo impedido pelo namorado da mulher. Neste momento, ele teria dado ao menos 13 disparos de arma de fogo em direção à porta do quarto. Vários tiros atravessaram a porta e atingiram a cama e outros móveis. A mulher e o namorado, contudo, escaparam ilesos.
Após os disparos, o MP narra que ele fugiu do local. A Polícia Militar foi acionada, mas não conseguiu localizar o denunciado para o flagrante. No mesmo dia, o prefeito retornou à casa da ex-mulher e retirou um aparelho DVR do local, “a fim de ocultar os vídeos contendo as gravações das câmeras de segurança daquele dia”.
Cinco dias após os fatos, o prefeito se apresentou à autoridade policial e foi preso, em cumprimento do mandado judicial.
Promotor pede manutenção da prisão preventiva
O promotor de Justiça pediu à Justiça, entre outras medidas, que seja mantida a prisão preventiva de Naçoitan, com indeferimento do pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do acusado.
Ao justificar a medida, o MP refuta os questionamentos apresentados em relação às condições de saúde do denunciado e a assistência médica disponível na unidade prisional. O promotor reforça também a necessidade de manutenção da prisão preventiva, para preservação da ordem pública, conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal.
A reportagem tenta localizar a defesa de Naçoitan para se pronunciar. O espaço segue aberto.