Após anunciar a desistência em buscar a reeleição, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado estadual José Vitti (PSDB), afirma que a segunda vaga para o Senado deve ser mesmo de Lúcia Vânia (PSB) e que um chamado pode f azê-lo entrar na disputa, como suplente de um dos senatoriáveis. Na entrevista ao POPULAR, Vitti diz ainda que, apesar de os espaços serem restritos, acredita que é possível contemplar os demais partidos da base aliada.

Estamos na reta final da pré-campanha, qual vai ser o caminho do senhor da disputa?

A reeleição está descartada, na verdade estou hoje como um torcedor e apoiador da candidatura do governador José Eliton e do ex-governador Marconi. Existem sondagens a respeito de eu ocupar uma das vagas da suplência e é uma possibilidade que já não refuto. Com certeza vou avaliar com carinho e é muito provável que eu aceite se for convidado oficialmente.

Na suplência da Lúcia?

Pode ser dela, do Marconi, enfim, se for para ajudar, onde entenderem que eu vá somar, com certeza estarei à disposição. Estou disposto, nessa eleição, a ser um apoiador, aquele que busca ajudar essa base da qual faça parte, esse projeto no qual acredito. Portanto, onde entenderem que eu vá agregar, que não seja algo de cima para baixo, se for do interesse dela, tem que partir dela o convite. Não posso ser suplente dela se não agradá-la, é uma decisão de foro íntimo.

Nos bastidores da Assembleia, as conversas são de que o deputado federal Thiago Peixoto já está definido como o nome para vice-governador. O martelo realmente já foi batido?

As conversas estão avançadas, tanto o José Eliton quanto o Marconi estão trabalhando para que a gente consiga manter na base o PP, o PSD, que são partidos extremamente importantes. O PSD ficando, claro, o nome do Thiago Peixoto cresce muito. É um nome que agrada o governador, é de confiança da base, enfim, tem tudo para ocupar essa vaga. Agora, sabemos que outros partidos vão querer ser contemplados, então ainda não podemos cravar quem será, embora o nome dele tenha crescido muito.

Com o PSD se confirmando na vaga de vice-governador, fecham-se praticamente todos os espaços na base. Como convencer o PP a ficar?

Temos a condição de o PP ocupar uma das vagas na suplência de Senado. Ainda há espaços para serem ajeitados, então o PP, que é um partido extremamente importante, aliado de primeira hora, também, se o quiser, terá condição. Cogita-se ainda o nome do deputado federal Heuler Cruvinel como possível vice na chapa, com o PSD ficando com uma vaga na chapa majoritária. Enfim, essas conversas agora começaram a se afunilar e acredito que até o final do mês de julho esses nomes já estarão pré estabelecidos.

É possível, então, acomodar todo mundo?

Sim, mas não é só questão de acomodação, fazemos parte de um projeto, não somos cinco, seis partidos, somos mais de dez, e nessa composição existem outros partidos importantes também, como o PDT, o PTB. Mas temos que entender que as vagas são limitadas e temos um projeto de governo em que não dá para ser vaidoso, dizer que “só vou ficar aqui se tiver essa vaga”, existem outras formas de fazer uma composição, eles fazem parte do governo estadual, têm espaços importantes, que dão a governabilidade.

Com essas definições, deve haver mudanças mais significativa no quadro das pesquisas?

Sim, acho que são essas mudanças que darão estabilidade e vão permitir à base aliada saber quais são os jogadores que estarão em campo. E assim motivar a militância, deputados, prefeitos e lideranças do interior para que possamos começar efetivamente uma pré-campanha com um time com gás, motivado e esperançoso. Estamos atrás nas pesquisas e precisamos criar um quadro para revertê-las. E esses nomes, importantes para que não haja um descrédito daqueles que são nossos soldados que vão pedir voto.