A Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) concedeu 5% de aumento salarial a todos os funcionários. O reajuste passou a valer a partir da folha do mês de maio, com direito a pagamento de diferenças relativas a março e abril em parcela única. Considerando a folha de abril, a última disponibilizada no site da entidade, a medida terá impacto anual de pouco mais de R$ 1 milhão e gera desconforto entre setores do governo estadual. Isso porque, apesar de se tratar de entidade privada sem fins lucrativos, a gestão é atrelada ao Estado, que costuma indicar a sua direção. Goiás está prestes a ingressar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e o governo enviou PEC à Assembleia Legislativa para prorrogar o Teto de Gastos até 2031. Em uma carta enviada aos funcionários para comunicar o aumento, a diretora-geral, Adryanna Melo Caiado, diz que “nenhum esforço é em vão” e agradece à equipe “em nome de toda diretoria da OVG e do Governo de Goiás”. A assessoria da organização afirma em nota que “é uma entidade privada, que não faz parte da administração estadual” “Os contratos de trabalho não são regidos pela CLT, portanto os funcionários não são servidores públicos”. Argumenta também que “a correção salarial cumpriu convenção coletiva de trabalho”. Os servidores do Executivo não recebem data-base desde 2015. O IPCA, índice oficial de inflação do País, fechou em 2020 a 4,52%.