Pesquisadores sugerem que Daniel e Zé Eliton vão crescer e vão retirar votos de Caiado

Dada a estrutura que está sendo articulada, o candidato do PSDB tende a crescer, sugerem experts em pesquisa

Os “argonautas” do Cer­rado e os nefelibatas de sempre espalham que pesquisas dão o pré-candidato a governador de Goiás pelo PSDB, José Eliton, em terceiro lugar, atrás do senador Ronaldo Caiado (DEM) e do deputado federal Daniel Vilela (PMDB). Quando o interlocutor pede o nome do instituto de pesquisa e, sobretudo, a própria pesquisa, os doutores em boataria desconversam e, fazendo cara de conspirador, frisam que não podem fornecer nem uma coisa nem outra. Ao menos uma vez, o líder de um partido sugeriu o nome de um instituto e um repórter do Jornal Opção ligou para seu proprietário e perguntou sobre a pesquisa. Ele negou que tenha feito qualquer pesquisa entre setembro e outubro, mas admitiu que, numa pesquisa anterior, os números indicavam uma “ligeira ascensão” de José Eliton e uma “ligeira queda” de Ronaldo Caiado.

O fato é que, de três institutos consultados, um disse que não fez pesquisa recentemente, mas que seus pesquisadores estão em campo, e dois afirmaram que suas pesquisas apontam Ronaldo Caiado em primeiro lugar, com números que variam de 32% a 40%. Por que a variação? De­pen­de muito do peso de algumas cidades. O postulante do DEM é mais forte no Sudoeste, por exemplo, do que no Entorno de Brasília, afiança o diretor de um instituto de pesquisa. José Eliton sempre aparece em segundo lugar, com números que variam de 12 a 16%. Daniel Vilela surge em terceiro, com números que variam de 10% a 12%. Por que os institutos não divulgam os números? Porque as pesquisas são encomendadas e só quem pode divulgá-los são aqueles que a encomendaram.

Pesquisadores afiançam que os números de José Eliton e Daniel Vilela, abaixo de 20%, são melhores do que parecem. Por quê? Porque sinalizam as­censão e não queda. Eles têm possibilidade de crescer, com o início da exposição de seus no­mes como candidatos. Números perigosos são os de Ronaldo Caiado, que estaria estagnado na faixa de 30% a 40%. Como tende a não crescer, afirmam os pesquisadores, pode assistir os postulantes do PSDB e do PMDB se aproximando perigosamente. Além de terem um espaço próprio para crescer, acabarão, segundo os pesquisadores, retirando votos do senador.

Os pesquisadores — que preferem o anonimato, por enquanto, sobretudo porque estão definindo seus clientes — afirmam que políticos que definirem alianças agora, na crença de que Ronaldo Caiado “já está eleito”, podem dar com os burros n’água. Eles sublinham que uma eleição só é decidida mesmo na campanha, e em geral nos últimos quinze dias, que é quando as pessoas comuns se sentem realmente mobilizadas pelas campanhas. Antes disso, as pessoas cuidam de suas próprias vidas, dos interesses particulares e profissionais. “No momento, só políticos, jornalistas, pesquisadores e marqueteiros estão preocupados com a sucessão de 2018. As pessoas estão mais preocupadas com os jogos do Goiás e do Vila Nova na Série B do Campeonato Brasileiro e, mesmo, com a novela das 20 horas da TV Globo. Não à toda as personagens das novelas são mais conhecidas do que qualquer candidato a presidente da República. O brasileiro não parece, mas tem foco. No momento, o foco não é política”, afirma um pesquisador.

O que as pesquisas sugerem, no momento, é que o quadro de 2018 está aberto, ou seja, inteiramente indefinido.

Fonte: J. Opção

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