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PSDB fala em renovação com Jônathas, Vecci, Paulinho de Jesus, Afrêni e Faleiros. Pode?
O PSDB estadual realizou uma convenção neste sábado, 28, para eleger o seu diretório estadual. Como esperado, consagrou como presidente o ex-governador Marconi Perillo. Um ato de rotina, normal. Ocorre que o discurso com que Marconi tentou embrulhar esse momento do partido é indigesto e confirma, mais uma vez, a absoluta carência de inteligência na seara tucana em Goiás.
O diretório foi preenchido com gente de antigamente, nomes carimbados e envelhecidos com Jônathas Silva, Paulo de Jesus, Afrêni Gonçalves, Antônio Faleiros e Giuseppe Vecci, dentre outros. Não haveria nada contra se Marconi não tivesse apresentado essa “velha guarda” como “renovação” do PSDB goiano, ao lado dos dois únicos quadros jovens do partido – a vereadora Aava Santiago e o apresentador Matheus Ribeiro. Esses dois, a propósito, são lideranças emergentes de valor, só que completamente deslocados dentro de um grupo político que poderia escolher Matusalém como membro honorário.
Pobre PSDB. A “convenção” foi marcada por uma discurseira raivosa contra o governador Ronaldo Caiado, considerado como o “algoz” da sigla. Não é. Os tucanos mandaram por 20 anos na política de Goiás, governaram à exaustão e hoje não sabem o que dizer para as goianas e os goianos sobre propostas para o futuro. A experiência não serviu para nada. Ou foi esquecida. Eles cavaram a própria cova ao lançar um avesso da política, José Eliton, para governador em 2018. Daí em diante o desastre foi total. Eliton foi o coveiro do PSDB. Sobraram sete prefeitos, dois deputados estaduais (ambos de olho comprido para a Praça Cívica) e uma federal que já “caiadou”.
O que impressiona na trajetória do PSDB em Goiás é a velocidade da sua decadência. Em pouco mais de quatro anos, virou pó. O diretório estadual agora eleito sequer tem uma sede onde se reunir. O novo presidente anuncia que a sua meta é liderar o que não existe, ou seja, a oposição a Caiado. O governador, com 76% de aprovação popular, é unanimidade dentro da classe política e está inalcançável onde todos os seus antecessores sonharam chegar. Inclusive Marconi.
Por: José Luiz Bittencourt