SIMECAT conquista vitória, evitando demissões em massa na John Deere, em Catalão

Na última sexta-feira (31), o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) realizou assembleia com os trabalhadores da John Deere, tendo em pauta, as demissões sinalizadas pela empresa, em recentes reuniões. A princípio, de acordo com Carlos Albino, presidente do SIMECAT, havia a possibilidade de cerca de 150 demissões, depois, esse número caiu para 120. A John Deere afirma, ser necessária, uma adequação na taxa diária de produção na fábrica em Catalão, e para que isso seja viabilizado, é preciso o ajuste do quadro de pessoas.

Carlos Albino, presidente do SIMECAT (Foto: Divulgação)

Durante a assembleia, Albino relatou que tentou negociar com a empresa, o sistema de lay off (suspensão temporária do contrato de trabalho) para os 120 trabalhadores que seriam demitidos. Ele, inclusive, esteve em Brasília, onde ao lado do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Miguel Torres, manteve encontro com o vice-presidente Geraldo Alckmin, levando essa demanda, que também chegou até ao Ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

Porém, a medida não foi aceita pela John Deere, que continuou afirmando a necessidade de redução do quadro. Após várias reuniões, houve consenso entre sindicato e empresa e ficou acordada, a demissão de 50 trabalhadores, enquanto 70 pessoas entrarão em sistema de lay off.

A exemplo do que ocorreu, em janeiro, quando houve a demissão de 85 colaboradores e 45 foram poupados, com mudança de funções e utilização de banco de horas, o sindicato negociou benefícios para os demitidos. Eles terão direito a uma bolsa de qualificação para cursos no SENAI, no valor de R$ 3 mil, vale-alimentação ao final do aviso prévio e mais um mês de plano de saúde.

No início de dezembro do ano passado, a John Deere havia comunicado ao sindicato, a redução de 30% no volume de pulverizadores fabricados de 2022 para 2023. A queda seria de 2550 para cerca de 1700, ou seja, 850 equipamentos deixariam de ser produzidos. Somente no ano passado, quando a produção atingiu esse número, um dos maiores desde 2017, foram contratadas 400 pessoas para atender a demanda.

Fonte: Lara Cristina Alves / Ascom SIMECAT

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