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Sob críticas de vereadores e famílias de pacientes, secretária anuncia novo edital para contratação de pediatras em Goiânia
Na manhã desta terça-feira (2), a secretária de Saúde de Goiânia Fátima Mrué prestou esclarecimentos a vereadores na Câmara Municipal sobre a situação do atendimento nas unidades da capital. Famílias de pacientes que precisaram do serviço também compareceram à sessão, como a do pequeno Diogo Soares Carlo Carmo, de 5 anos, que morreu no corredor do Hospital Materno Infantil (HMI), depois de ter sido atendido inicialmente no Cais do Setor Campinas. Ele estava com suspeita de dengue.
A vereadora Sabrina Garcêz (PMB), pediu que a secretária deixe a Pasta. Lucas Kitão, do PSL, cobra a contratação de mais profissionais para a saúde municipal, além de melhorias no salários e na estrutura das unidades de atendimento da cidade. Priscilla Tejota (PSD) pede condições para que o Ministério Público atue nas denúncias relativas ao serviço em Goiânia.
Fátima Mrué afirma que, desde 2017, já fez três editais de chamamento para o credenciamento de médicos, mas ressaltou que nenhum pediatra se inscreveu. Segundo a secretária, uma nova seleção será aberta, com salário mais atrativo.
Secretaria de Saúde promete criar mais vagas pediátricas para desafogar Materno-Infantil
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) vai abrir 10 vagas de UTI pediátrica e 30 vagas de enfermaria do Hugol para desafogar o Hospital Materno-Infantil (HMI), referência em atendimento pediátrico em Goiânia. Na semana passada uma criança de 5 anos morreu enquanto aguardava um leito para internação o que levou o governo, nesta semana, a buscar soluções alternativas ao Materno Infantil.
A secretaria também estuda a contratação de vagas para este fim no recém-inaugurado no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia e fazer uma parceria com a prefeitura de Goiânia para a gestão do Cais de Campinas e direcioná-lo aos casos de baixa e média complexidade e, assim, reduzir a demanda do Materno.
Na segunda-feira (1º), a SES-GO garantiu o repasse de R$ 26.838.619,04 aos municípios goianos e de R$ 99.104.598,51 às Organizações Sociais (OS) que fazem a gestão dos hospitais públicos e unidades de saúde estaduais. Os valores foram pagos ao longo do mês de março.
De acordo com o titular da Pasta Ismael Alexandrino, os repasses serão feitos até o mês subsequente ao trabalhado. Ele ressalta que “a medida é importante para garantir a plena assistência de saúde à população goiana e que o pagamento em dia é um compromisso da atual gestão, que trabalha com total transparência e exige excelência no atendimento”.
Dentre os destinos da verba aos municípios, há recursos de R$ 10.936.174,76 para a atenção básica, principal porta de entrada ao Sistema Único de Saúde (SUS); de R$ 3.366.678,50 para Assistência Farmacêutica; de R$ 4.214.627,00 para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e de R$ 5.749.000,00 para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Ainda de acordo com a SES-GO, o valor de cerca de R$ 26 milhões “se refere aos repasses ordinários, e não às dividas deixadas pela gestão anterior”.